Tecnologia
AirTags da Apple se tornaram motivo de processo por parte de mulheres perseguidas
Acontece que, algumas mulheres estão tendo suas AirTag, produto utilizado para localizar objetos, sendo usados indevidamente por ex-namorados
Os processos contra a Apple começaram por parte de mulheres que utilizam os dispositivos AirTag. Esse tipo de aparelho é utilizado para localizar objetos, como chaves ou malas de viagem, por exemplo.
O problema começou quando o aparelho foi utilizado por ex-namorados das usuárias para localizá-las sem consentimento. O uso inocente dos aparelhos está tomando outro rumo, o da perseguição.
Dessa maneira, diversas mulheres americanas começaram a processar a Apple, afirmando que os dispositivos facilitam a perseguição de possíveis vítimas.
O dispositivo de geolocalização, que foi criado pela Apple com a intenção de rastrear objetos e, até mesmo, animais ao colocar em sua coleira, gerou um uso inesperado, o de rastrear pessoas sem consentimento.
Esse é o famoso “stalking”, ou perseguição. Tendo acesso ao geolocalizador, perseguidores podem acessar exatamente onde a vítima está.
Uma ação coletiva foi levada ao Tribunal de São Francisco no dia 06 de dezembro, onde existem diversos relatos de mulheres que tiveram suas localizações expostas devido ao produto.
Em um dos relatos, o ex-namorado de uma das vítimas havia colocado uma AirTag na roda de seu veículo. O objeto teria sido pintado e preso a um saco plástico, como meio de disfarçar o localizador que estava na roda do carro da vítima.
Já em outro relato, o ex-marido da vítima colocou uma AirTag na mochila do filho, assim tendo acesso à localização da ex-mulher. Ela conta que desativou o aparelho, mas outro apareceu no lugar.
Infelizmente, essas perseguições possibilitadas pelo aparelho da Apple levaram, até mesmo, à morte de uma das vítimas. Segundo o processo judicial, a mulher foi morta a tiros pelo ex-namorado em Ohio. Ela vinha sendo perseguida por meio do dispositivo de localização.
Não se limitando a mulheres, um homem foi atropelado por sua ex-namorada, que o perseguiu graças a um AirTag colocado no carro. Esse caso aconteceu em Indiana.
Declaração da Apple
Esse problema vem sendo questionado desde o lançamento do produto, que ocorreu em 2021. Dessa maneira, logo no início deste ano, a Apple tomou medidas para fortalecer a segurança do dispositivo.
A empresa afirma estar trabalhando em maneiras de deixar o aparelho cada vez mais seguro e mais difícil de ser utilizado para rastreamentos não permitidos.
“O AirTag foi projetado para ajudar as pessoas a localizar seus pertences pessoais, não para rastrear pessoas ou propriedade de outra pessoa, e condenamos nos termos mais fortes possíveis qualquer uso malicioso de nossos produtos“, afirma a Apple.
No entanto, o processo levado ao tribunal afirma que as modificações feitas pela empresa pouco ou nada ajudam a evitar as perseguições.
“Embora a Apple tenha construído proteções no produto AirTag, elas são lamentavelmente inadequadas e fazem pouco, ou nada, para alertar prontamente os indivíduos se estiverem sendo rastreados“, afirma o processo.
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