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Economia

Aperto monetário global e espectro recessivo forçam queda do petróleo

Alta de juros por bancos centrais leva à queda superior a 2% da commodity

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Ante temores de recessão iminente no cenário internacional, em decorrência da decisão de bancos centrais (sobretudo na Europa e nos Estados Unidos), de prosseguirem com os respectivos apertos monetários (leia-se, alta de juros) para combater a renitente inflação local, o preço do petróleo apresentou queda, caso do tipo Brent (principal referência global da commodity), que caiu 2,4%, encolhendo US$ 2,17, a US$ 79,04 o barril, ao passo que o contratos futuros do petróleo WTI, nos Estados Unidos, recuaram 2,4%, com redução de US$ 1,82, indo a US$ 74,29 por barril.

Contribui para o refluxo no valor da commodity o anúncio do Federal Reserve (Fed) – banco central ianque – de que pretende elevar ainda mais sua taxa de juros em 2023, a despeito dos sinais recessivos evidentes na economia da ‘Terra do Tio Sam’. Na última quarta-feira (14), o Fed elevou em 0,5 ponto percentual sua taxa.

Acompanhando tal tendência, tanto o Banco da Inglaterra, quanto o Banco Central Europeu (BCE) – após subirem suas taxas em 0,5 ponto percentual – também deixaram clara a intenção de aplicarem novos aumentos nos juros, igualmente a título de derrubar o ímpeto inflacionário.

Na avaliação do diretor de futuros de energia da Mizuho, Robert Ranger, “de repente, a conversa em torno ‘da fogueira’ tomou o rumo da discussão em torno da destruição da demanda, diante de uma recessão”, acrescentando que “a situação econômica é menos do que estelar. Não hoje, mas estamos indo na direção de testar o WTI de 70 dólares por barril novamente, e as coisas podem ficar muito feias a partir daí”.

Os benchmarks, por sua vez, encerraram a atual semana no positivo, devido ao auxílio emprestado pelos ralis, nos três primeiros dias, em que os contratos futuros do Brent auferiram seus maiores ganhos semanais desde o início de outubro, embora tais ganhos ainda representem recuo acentuado ante agosto deste ano, levando em conta o índice de referência do petróleo.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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