B3 (B3SA3) promove nesta tarde leilão do metrô de BH

A B3 (B3SA3) promove nesta tarde o leilão do metrô de Belo Horizonte.

A desestatização é uma iniciativa do governo federal e tem apoio do governo do Estado, liderado pelo governador Romeu Zema (Novo-MG).

Já a equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) solicitou o adiamento do pregão, mas não obteve retorno por parte do atual ministério da Economia.

Antes do início do leilão o próprio Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) confirmou que o evento estava confirmado.

Informações do secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais, Fernando Marcato, dão conta de que há empresas interessadas. O valor de lance mínimo exigido pelo edital é de R$ 19,3 milhões.

Ele explicou que o governo federal coloca R$ 360 milhões na CBTU Minas por ano, e nenhum investimento é feito. Agora, o governo do Estado e o governo federal vão investir R$ 3,2 bilhões para garantir a requalificação e a ampliação da linha 1 e a criação da linha 2.

Também disse que a empresa terá que fazer investimentos ao longo de todo o período contratual, manutenção e troca de trens.

Vale destacar, ainda, que a União vai investir R$ 2,8 bilhões, já depositados, enquanto o estado vai aportar R$ 440 milhões provenientes do acordo firmado com a Vale para a reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho.

Leilão do metrô de BH: edital

O edital do certame destaca que haverá ampliação da linha atual em aproximadamente 2,45 km e a construção de uma nova estação, a Novo Eldorado.

O documento elenca, ainda, que haverá implantação da linha 2, com cerca de 10,5 km e sete estações: Nova Suíça, Amazonas, Salgado Filho, Vista Alegre, Ferrugem, Mannesmann Vallourec e Barreiro.

Também diz que a empresa vencedora deverá fazer reformas nas estações já existentes. Além dos recursos públicos, ela vai contar com a receita proveniente da tarifa, que hoje custa R$ 4,50.

Greve

Por conta do leilão, os metroviários de Belo Horizonte estão em greve desde o dia 14 de dezembro. Esta é a terceira paralisação do ano.

Eles pedem a suspensão do leilão e a manutenção do emprego de aproximadamente 1.600 trabalhadores da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).