Economia
O que diz o novo presidente da Petrobras sobre novas alterações nos preços dos combustíveis?
Presidente da Petrobras se posiciona sobre os rumos dos preços dos combustíveis no país. Saiba o que esperar.
Durante o governo de Michel Temer, houve uma mudança importante na estratégia de definição dos preços dos combustíveis no Brasil. Antes, o valor dos era estabelecido pelo governo federal, mas desde 2016 passou a ser definido com base nas cotações internacionais.
Anteriormente à mudança, a Petrobras vendia sua produção por valores abaixo o mercado, evitando que houvesse inflação sobre os produtos. O fato da empresa começar a basear o custo do combustível no Preço de Paridade Internacional (PPI) foi criticado por Jair Bolsonaro durante seu antigo governo, mas ele nada fez. Agora, parece que o presidente Lula está disposto a mudar a política.
Segundo um representante do novo governo, utilizar esse tipo de estratégia é “enriquecer os acionistas e empobrecer as donas de casa”, o que não pode continuar acontecendo.
Na última sexta-feira, 30, o novo presidente da Petrobras foi anunciado. Trata-se do senador Jean-Paul Prates, que já declarou que a política de preços não é de responsabilidade apenas da empresa, mas depende de uma decisão conjunta com governo.
“A Petrobras se ajustará às diretrizes que o governo, tanto como governo como acionista majoritário, determinar”, disse.
Lula também fez uma declaração semelhante afirmando que o valor dos combustíveis é uma questão a ser apurada pela administração federal, e não apenas um assunto de mercado.
Estratégias para baixar os preços
O maior desafio agora é lidar com o fim da medida que Bolsonaro havia implementado para baixar o preço: a suspensão nos impostos federais. A decisão, que tinha validade até o dia 31 de dezembro de 2022, foi prorrogada por Lula durante sua cerimônia de posse no cargo de presidente.
A medida provisória em questão mantém zerados o PIS/Cofins e a Cide sobre gasolina e etanol por 60 dias, enquanto a desoneração do diesel foi prorrogada por um ano. No caso da gasolina, a isenção representa um impacto de R$ 0,69 por litro na bomba para o consumidor final.
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