Agência europeia pode liberar voos no Boeing 737 MAX ainda em novembro

A Agência de Segurança de Aviação da União Europeia (Easa) pode liberar o jato Boeing 737 MAX para voar já em novembro, e para voltar a operar até o final do ano, disse nesta sexta-feira o diretor-executivo do órgão europeu.

“Pela primeira vez em um ano e meio eu posso dizer que há um fim previsto para os trabalhos sobre o MAX”, afirmo o diretor-executivo Patrick Ky.

A Easa quer interromper ordem de suspensão de voos do jato “não muito depois” que a agência norte-americana de aviação (FAA) o fizer, provavelmente em novembro. Mesmo com a liberação, Ky disse que permissões nacionais para a retomada de voos de companhias aéreas que operam a aeronave podem demorar um pouco mais.

“Estamos prevendo para novembro”, e acrescentou, sem dar detalhes, que a China deve levar mais tempo para conceder sua própria permissão.

As autoridades têm sua atuação voltada para uma evidência obtida em caixa preta que aponta que dados comprometidos de voo de um único sensor de ângulo de voo fizeram o sistema de software do avião ser ativado, o que fez dois jatos MAX repetidamente apontarem o nariz para baixo, sobrecarregando as equipes de pilotos. Após os acidentes, que mataram centenas de pessoas, seus voos foram suspensos em nível global.

A Boeing tem garantido que na versão modificada do avião dados de ambos os sensores de ângulo de ataque do jato serão usados, e não somente um um como no modelo anterior. Já a Easa quer que um terceiro sensor seja usado para fornecer dados de forma independente.

A fabricante norte-americana concordou com a instalação do terceiro sensor computadorizado na próxima versão da aeronave, disse Ky, o 737 MAX 10, para 230 passageiros. O restante da frota existente será modificado depois disso.

Ky disse ainda que Easa vai avaliar o desenvolvimento o próximo produto da Boeing, o 777X, para 400 passageiros, “muito mais atentamente” e que vai focar especialmente em seus sistemas de controle de voo.