Inflação fica acima da meta em 2022, informa BC em carta

A inflação ficou acima da meta em 2022, informou o Banco Central (BC) em carta remetida ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O documento, divulgado na tarde desta terça-feira, destaca que a inércia da inflação e choques de preços em alimentação estão entre as causas do estouro da meta.

Também disse que, ainda, assim, houve retomada da demanda de serviços e de empregos com o recuo da pandemia.

A autoridade monetária lembrou de fatores desinflacionários, como corte de tributos sobre combustíveis e o recuo do câmbio.

Para 2023, o BC projeta queda da inflação, bem como estima um Índice de Preços ao Consumidr Amplo (IPCA) terminando 2023 em nível inferior a 2022.

A autoridade monetária diz enxergar que o cenário é de convergência da inflação para a meta.

Inflação acima da meta

Em se tratando, especificamente, da inflação para 2023, o BC projeta que o IPCA se manterá superior à meta devido à reoneração dos combustíveis e inércia.

“Inércia e reoneração são contrabalançadas por política monetária, mas não integralmente”, frisou, no documento, acrescentando que o Copom enfatiza horizonte de seis trimestres à frente, que suaviza efeitos diretos de desoneração dos combustíveis.

O BC também repete que incerteza em torno das premissas e projeções é atualmente maior que o usual, e repete balanço de riscos do último comunicado do Copom e da Ata.

2023

Para economistas, o provável retorno da cobrança de tributos federais em produtos desonerados no ano passado, como os combustíveis, deve manter a inflação brasileira acima da meta em 2023. A informação é do G1.

A meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.), para cima ou para baixo.