Agronegócio
IBGE prevê safra recorde de 296,2 milhões de toneladas em 2023
Resultado representa avanço de 12,6% na produção, em comparação com a safra do ano passado
Com a previsão de superar em 12,6% (acréscimo de 33,1 milhões de toneladas) sobre a anterior, a safra de 2023 deve bater recorde, ao atingir 296,2 milhões de toneladas, prevê o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgado nessa sexta-feira (13) pelo IBGE. A estimativa ganha maior relevância, levando em conta o recuo de 0,9% registrado em 2021 e o crescimento reduzido de 3,9%, do ano passado – desempenhos afetados por questões climáticas.
Para que tal aumento de produção fosse atingido, a maior contribuição foi a expansão da safra de soja, que deve avançar 24,1% a 28.835.920 toneladas), para o milho 1ª safra (16,2% ou 4.126.973 t), para o milho 2ª safra (2,5% ou 2.132.992 t), para o algodão herbáceo em caroço (1,3% ou 53.907 t), para o sorgo (5,3% ou 150.261 t) e para o feijão 1ª safra (3,7% ou 40.302 t). Além da soja, também são esperados novos recordes de produção de milho para este ano.
Na avaliação do gerente do LSPA, Carlos Barradas, “a soja é o principal destaque positivo porque vai puxar a alta em 2023, recuperando-se as perdas de 2022 quando caiu 11,4%. O milho também é destaque porque crescerá 5,7% em cima de uma safra recorde de 110,2 milhões de toneladas (25,4 milhões t na 1ª safra e 84,7 milhões t na 2ª) em 2022”.
Em contrapartida, foram registrados recuos na produção de arroz (-3,4% ou -360.132 t), feijão 2ª safra (-9,9% ou -132.650 t), feijão 3ª safra (-1,0% ou -6.643 t) e trigo (-16,2% ou -1.626.045 t). Em relação ao 2º prognóstico, o crescimento foi de 0,8%, o que representou 2,2 milhões de toneladas.
Ao fornecer estimativas de área plantada e área colhida, além de quantidade produzida e rendimento médio de produtos selecionados, levando em conta critérios de importância econômica e social, o LSPA foi criado em novembro de 1972 com o propósito de atender às demandas de usuários por informações estatísticas conjunturais mensais, como também permite o acompanhamento de cada cultura investigada, desde a fase de intenção de plantio até o final da colheita, no ano civil de referência, como também o prognóstico da safra do ano seguinte. Neste caso, o respectivo levantamento é realizado nos meses de outubro, novembro e dezembro.
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