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Incertezas fiscais e monetárias ameaçam IPOs em 2023

Mercado hesita em fazer ofertas iniciais de ações, enquanto persistir a indefinição federal sobre contas públicas e juros

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Incertezas sobre os rumos da política fiscal ou monetária, por parte do atual governo, têm levado muitos empresários a ‘pisarem no freio’ no que se refere o lançamento de ofertas públicas de ações, os IPOs, neste ano.

Embora exista a tendência de o mercado ‘apostar’ num 2023 mais promissor, o fato é que persistem muitas dúvidas entre os investidores, quanto ao melhor momento de realizar aberturas de capital e emissão de novas ações (follow on). Uma delas diz respeito ao ‘timing’ de redução (se, de fato, ela ocorrer este ano, como havia previsto o Banco Central) da taxa básica de juros (Selic), hoje no patamar altíssimo de 13,75% ao ano, o maior em sete anos. A ideia de iniciar o corte da Selic, ainda nesse semestre, não tem mais frequentado os discursos de fontes da autoridade monetária.

Diante de tantos questionamentos em resposta, a tendência conservadora tem dominado o mercado, no sentido de adiar os planos de novos IPOs para 2024.

Em contraste com a posição majoritária do mercado, mais otimista, o líder de equity no mercado de capitais para a América Latina no Citibank, Marcelo Millen, entende que este ano ‘há menos incertezas’ em 2023 do que no ano passado, o que permite prever que uma ‘nova janela’ para IPOs seja aberta entre março e abril próximos. Sua expectativa é de que a agenda de follow-ons continue ‘ativa’ ao longo deste ano, uma vez que as empresas têm interesse de reduzir o nível de endividamento, a fim de manter os lucros, face aos juros elevados.

Detentora de 14 lojas da marca no Nordeste – após fechar negócio, no fim de 2022, com a rede Mundo Net – a rede de produtos para animais de estimação Cobasi segue voltada ao seu processo de expansão. O presidente da companhia, Paulo Nassar continua acreditando numa melhora do mercado.

Como se mantém a perspectiva de Selic alta até o final do ano, turbinando a demanda por aplicações de renda fixa pelo investidor, tal cenário seria menos propício às empresas de tecnologia, mas favoreceria aquelas pagadoras de dividendos. Na visão da analista da Nord Research. Danielle Lopes, “fazer a oferta agora não seria atrativo, porque o desconto (nas ações) teria de ser muito grande para atrair o investidor”.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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