Commodities
Opep prevê demanda aquecida por petróleo este ano
Organização projeta acréscimo de 2,2 milhões de barris por dia para 2023
Na contramão de projeções que apontam desaceleração econômica global este ano, a Organização dos Exportadores de Petróleo (Opep) estimou que a demanda de petróleo em 2023 continuará aquecida, ao atingir 101,8 milhões de toneladas de barris por dia (bpd), acima, portanto, dos 99,6 milhões de bpd de 2022, traduzindo um avanço de 2,2 milhões de bpd.
Como pano de fundo dessa perspectiva animadora está a expectativa de recuperação da economia chinesa, que deverá crescer 4,8% este ano, acima do avanço de 3,1% registrado em 2022, em meio à disposição de Pequim de acelerar a abertura econômica do país, após um longo período de fechamento, por conta da pandemia provocada pela covid-zero.
Mesmo diante de dados positivos em relação ao desempenho econômico do gigante asiático, um grupo de produtores de petróleo, sediado em Viena (Áustria) pondera que ainda “resta saber qual será a escala da recuperação [na China], pois ainda existe a possibilidade de que novas medidas de distanciamento social possam ser implementadas nas próximas semanas se o fardo sobre o sistema de saúde se torna muito grande.”
No que toca ao crescimento dos Estados Unidos, a organização estima um avanço de 1%, pouco acima da previsão anterior, de 0,8%. Já para a Zona de Euro, a Opep elevou, de 0,3% para 0,4% a projeção de desempenho econômico do ‘velho continente’, em razão da percepção positiva em torno dos ‘esforços’ locais pelo controle da inflação.
Como reflexo da recuperação na produção petrolífera da Nigéria, a Opep aumentou a produção de petróleo em 120 mil barris por dia, conforme pesquisa divulgada pela agência britânica Reuters, contabilizando um volume global de 29 milhões de bpd, em dezembro último, o que reflete o processo de recuperação da produção de petróleo pela Nigéria.
Considerado o maior retardatário no que toca à fixação de cotas de produção da Opep+, a Nigéria ensaia uma recuperação dos níveis de produção da commodity, o que levou a a organização a aumentar, recentemente, sua produção em 150 mil bpd.

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