Commodities
Minério de ferro avança com otimismo econômico na China
Contrato futuro da commodity subiu 1,8% na bolsa chinesa de Dalian
A continuidade do clima de otimismo quanto à recuperação da China (segunda maior economia do planeta e maior fabricante mundial de aço), determinou nova alta dos contratos futuros de minério de ferro, nesta sexta-feira (20), mantendo aquecida a demanda pela commodity.
Evidência disso foi a valorização de 1,8% do contrato do insumo siderúrgico para maio próximo, negociado a 865 iuanes ou US$ 127,51 a tonelada, na bolsa chinesa de mercadorias e futuros de Dalian que, no cômputo semanal, porém, apresentou recuo de 1,6% nos preços, após o planejador estatal de Pequim ter emitido o terceiro alerta no mês sobre o que chamou de ‘especulação excessiva no mercado’.
A partir de amanhã (21) até o dia 27 deste mês, a Bolsa de Dalian permanecerá fechada, em razão dos feriados do Ano Novo Lunar, com previsão de retomada das atividades somente em 30 de janeiro próximo. Também positiva foi a performance da commodity na Bolsa de Cingapura, cujo contrato de referência para fevereiro próximo aumentou 1,8%, para US$ 125,95.
A expectativa positiva do mercado está fundamentada em projeções de que a demanda chinesa pelo minério de ferro deverá ser crescente, ao longo deste ano. Nesse aspecto, o CEO da BHP, Mike Henry, assinalou que as políticas pró-crescimento da China, sobretudo às de incentivo ao setor imobiliário, assim como a flexibilização das restrições da Covid-19, permitem antever uma ‘melhoria progressiva’ no segundo semestre deste ano (2S23).
Igualmente favorável foi o tom adotado pelo noticiário local, segundo o qual a China admitiu que o ‘pior’ de sua batalha contra a Covid-19 ‘já passou’, mesmo diante da expectativa de uma movimentação em massa de pessoas pelo país asiático, em razão dos feriados já citados, o que poderia elevar o índice de infeções.
Na quarta-feira (18), os contratos futuros da commodity também avançaram 0,9%, a 841,5 iuanes (124,27 dólares) a tonelada, mediante ‘um salto de compras de barganha’, como sinal de que os investidores se mantiveram ‘à margem’ da decisão do planejador estatal da China, no sentido de ‘reprimir a especulação excessiva do mercado’.
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