Política
Volta de projetos de engenharia financiados pelo BNDES causa polêmica; Entenda
BNDES atua como agente de fomento para outros bancos e instituições financeiras, ajudando-os a financiar projetos de desenvolvimento.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o principal banco de fomento do Brasil. Ele foi criado em 1952 com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social do país, oferecendo financiamentos e investimentos para projetos de infraestrutura, tecnologia, meio ambiente e desenvolvimento social.
Dessa forma, o atual presidente da república, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), decidiu voltar a financiar serviços de engenharia no exterior por meio do BNDES. Porém, o presidente foi alvo de críticas de economistas e de opositores no Congresso.
De acordo com especialistas, não é necessária a atuação de um banco de fomento e há risco de benefício a um pequeno grupo de empresas. Isso porque, além do aspecto financeiro, avaliam que se trata de uma decisão com viés político, porém, com potencial de provocar críticas acaloradas de opositores do governo.
Entre as empresas financiadas pelo banco em outros governos petistas está a Odebrecht. Essa empresa se envolveu em investigações que mostraram um esquema de pagamento de propina em diversos países onde a companhia atuou.
Um dos motivos para a retomada desse tipo de financiamento, segundo defensores, é que ela pode fomentar mais empregos no Brasil.
Assim, o presidente Lula afirmou em sua primeira visita ao exterior que o BNDES vai ajudar os países vizinhos a crescer e citou um gasoduto ligando os campos de óleo e gás da região de Vaca Muerta até San Jerónimo, na província de Santa Fé, na Argentina, o que possibilitaria a exportação para o Brasil.
Diversas opiniões acerca do assunto
Segundo Marcos Mendes, pesquisador do Insper, a participação dos governos em obras no exterior só se justifica quando o projeto não é economicamente sustentável, mas traz ganhos permanentes para a sociedade.
Já o ex-juiz da Lava-Jato e senador eleito Sergio Moro disse que não é aceitável que o banco “volte a financiar ditaduras estrangeiras inadimplentes”.
Para o senador Flávio Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e líder do PL, a iniciativa é fazer “caridade com o chapéu alheio”.
De acordo a com presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), o dinheiro aplicado no financiamento a serviços de engenharia também será revertido em empregos para o país:
“O Brasil vai financiar empresas brasileiras para elas voltarem a exportar bens e serviços de engenharia, gerando empregos qualificados no Brasil”, escreveu em uma rede social.
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