Economia
Índice de Confiança do Empresário do Comércio recua 3,6 pontos percentuais em janeiro
Apesar de segunda queda seguida, Icec segue mantendo ‘otimismo’ do empresariado
Em segunda queda consecutiva, o Índice Confiança do Empresário do Comércio (Icec) recuou 3,6 pontos percentuais (p.p.) em janeiro corrente, em relação ao mês anterior, atingindo 119 pontos (numa escala que vai de zero a 200 pontos), apontou estudo, divulgado nessa sexta-feira (27) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Ainda assim, se o indicador permanecer acima de 100 pontos, isso representa ‘otimismo’, acentua a entidade.
Entretanto, se confrontado com igual mês de 2021, o ‘otimismo’, porém, apresentou queda de 1,7 p.p., mediante recuo em todos os indicadores, a ponto de o ‘clima otimista’ chegar ao nível mais baixo, desde abril do ano passado.
Na comparação com janeiro de 2021, o otimismo recuou 1,7 p.p.. Segundo a CNC, com redução mensal de todos os indicadores, o otimismo do comerciante chegou ao menor nível desde abril de 2022. Os dados foram divulgados hoje (27) pela entidade.
Quanto às expectativas no curto prazo, o respectivo indicador exibiu redução de 6,4 pontos percentuais, como reflexo da desaceleração da atividade econômica, sobretudo, do setor de varejo, no final de 2022, quando as perspectivas dos comerciantes sobre a economia e sobre o desempenho do comércio chegaram a 125,7 pontos e 139 pontos, respectivamente, o que corresponde aos menos níveis, desde abril de 2021.
Para o recuo de expectativas do setor comercial, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, atribui como fatores determinantes “a desaceleração da criação de vagas no mercado de trabalho e o alto nível de endividamento das famílias, o que tornou o consumidor mais cauteloso, cenário este que deve persistir durante 2023”.
Prosseguindo em sua análise, Tadros acrescenta que “o comércio de bens e serviços, que representa grande parte do PIB brasileiro e gera a maioria dos postos de trabalho formal, sente o desaquecimento das vendas provocado pela combinação da inflação persistente com os juros elevados”.
Ao mesmo, o percentual de varejistas que aposta numa deterioração do quadro econômico, para os próximos meses, cresceu de 12,1%, em novembro, para 31,4% em janeiro corrente, praticamente o dobro em dois meses. Já no que se refere ao desempenho do varejo, o pessimismo entre os comerciantes saltou de 9,3% em novembro para 23,7% em janeiro.
Responsável pela elaboração do Icec, a economista da CNC, Izis Ferreira avalia que “os comerciantes vêm apontando, há dois meses, deterioração rápida das expectativas sobre o desempenho da atividade econômica e do comércio no primeiro semestre deste ano”.
Como adaptação à realidade econômica mais adversa, Izis entende que, diante do ‘freio’ nas vendas, os varejistas vêm refazendo o planejamento para 2023. “A piora na percepção das condições atuais e das expectativas está levando os comerciantes a reavaliar investimentos na empresa e na recomposição dos estoques”, comentou a economista.
Em outra projeção, o Icec mostrou a quinta queda seguida do quesito ‘intenção de investir no negócio, que declinou 3,9 p.p., de dezembro a janeiro, quando o respectivo indicador passou a ser de 109,4 pontos, enquanto 42,4% dos comerciantes admitem reduzir investimentos – , percentual mais elevado, desde junho do ano passado. Reforçando a tendência, a CNC afirma que os lojistas de todos os segmentos de varejo adiantaram que pretendem ‘enxugar’ investimentos este ano.
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