Política
Descubra quais são os planos do governo para o temido imposto sindical
A volta da obrigatoriedade do imposto passou a ser comentada após uma fala polêmica de Lula. O que o governo diz sobre isso?
Uma fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a contribuição sindical obrigatória acabou deixando muitas pessoas amedrontadas, acreditando que o governo traria de volta a cobrança. Segundo especialistas, voltar a cobrar o pagamento seria um grande retrocesso para o país.
Porém, mesmo com a declaração do petista e a pressão dos sindicatos, o governo continua negando essa obrigatoriedade voltará. “O ministro já deixou claro que não existe a mínima chance de que essa cobrança volte a ser feita”, afirmou o Ministério do Trabalho em nota ao portal R7.
Por outro lado, ainda não se sabe como serão financiadas as entidades representativas, já que a equipe de Lula não anunciou outra alternativa. Enquanto isso, os sindicatos têm encontrado algumas outras formas para conseguirem se manter.
“O sindicato, para atrair trabalhador e convencê-lo a contribuir, precisa ser atuante e participativo, sair de uma posição reativa para um lugar mais proativo, o que pode ser vantajoso, além de tornar a busca pela melhoria das condições de contratação e gestão dos trabalhadores mais efetiva”, disse a advogada trabalhista Vanessa Drumont.
Proposta ainda é ‘obscura’
Como a situação financeira dessas entidades precisa ser discutida, afinal é um movimento legítimo que prevê despesas, há uma preocupação com seu financiamento. Mesmo assim, na opinião do ex-presidente sindical Cristiano Torres, a cobrança obrigatória não deve acontecer.
“Não sei qual é o custeio que o presidente Lula quer propor. Acredito que seria algo parecido com o Sistema S [como Sesi, Senac e Sesc, instituições prestadoras de serviços administradas de forma independente], com parte do FGTS, por exemplo”, disse ele.
“Nesse caso, o Estado repassaria para as entidades, mas não sabemos como seria, ainda está muito obscuro. Mas a volta ao que era antes [da reforma trabalhista] não tem mais espaço”, concluiu.
O importante, neste momento, é que o governo já negou a volta da contribuição obrigatória. Agora, é preciso esperar as próximas movimentações sobre o assunto para entender como será feito o financiamento dos sindicatos.
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