Economia
IPC-S avança 0,80% na última quadrissemana de janeiro
Com o resultado, indicador acumula alta de 4,61% em 12 meses, aponta Ibre-FGV
Depois de avançar 0,62% na terceira quadrissemana de janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) acelerou 0,80%, no último quarto do mês passado, acumulando elevação de 4,61% nos últimos 12 meses, divulgou, nesta quarta-feira (1º), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV).
Na última quadrissemana de janeiro, quatro das oito classes de despesa componentes do índice tiveram avanço percentual, como o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de 2,14%, na terceira quadrissemana de janeiro de 2023 para 3,28% na quarta quadrissemana de janeiro de 2023. Nesta classe de despesa, com destaque para o item ‘cursos formais’, que variou 7,45%, ante 4,75% na edição anterior do IPC-S.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Transportes (0,61% para 0,92%), Despesas Diversas (0,26% para 0,97%) e Habitação (0,11% para 0,26%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: licenciamento – IPVA (1,05% para 3,01%), serviços bancários (0,15% para 1,26%) e tarifa de eletricidade residencial (-0,97% para 0,25%).
Ao observar que o grupo Educação, Leitura e Recreação (2,14% para 3,28%) foi um dos que mais pressionou o indicador de janeiro, o coordenador da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Paulo Picchetti explicou que “a grande pressão do índice em janeiro veio dos cursos formais (4,75% para 7,45%). É uma pressão bem sazonal. Os cursos formais vieram com mais ou menos 10% de aumento, acima do IPC-S de 2022 de 4,28%, praticamente o dobro. Essa pressão, associada à de licenciamento – IPVA (1,05% para 3,01%), é momentânea”.
Também contribuíram com a carestia os itens Educação Infantil (5,63% para 9,06%); Ensino Fundamental (5,53% para 8,93%); Ensino Médio (6,07% para 9,16%); e Ensino Superior (4,06% para 6,18%). Segundo Picchetti, o avanço pontual dos itens citados não significa uma perspectiva de avanço do índice em 2023, cuja previsão é de que este feche o ano em 5,20%. “Mesmo a aceleração no acumulado de 12 meses se deve a esse resultado específico de janeiro deste ano, pressionado em relação a janeiro de 2022”, afirma.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos: Saúde e Cuidados Pessoais (0,55% para 0,67%), Transportes (-0,07% para 0,04%), Alimentação (0,73% para 0,78%), Despesas Diversas (0,03% para 0,08%) e Vestuário (0,87% para 0,91%). Nestas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens: artigos de higiene e cuidado pessoal (0,32% para 0,64%), gasolina (-1,21% para -0,79%), frutas (-1,04% para 0,59%), conserto de bicicleta (0,19% para 0,71%) e roupas masculinas (1,21% para 1,71%).
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