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Na esteira da Americanas (AMER3), Ambev (ABEV3) é acusada de fraude contábil
Cervejaria pertencente ao trio da 3G.
Na esteira da Americanas (AMER3), a Ambev (ABEV3) também foi acusada de fraude contábil. A companhia tem por acionistas controladores o trio da 3G, Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Paulo Telles.
A suposta fraude foi noticiada pela coluna Radar, da Revista Veja, e diz respeito a um levantamento promovido pela Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil). As dívidas da Ambev seriam relacionadas a impostos federais, estaduais e municipais.
Conforme a nota, de Veja, a fabricante de cerveja teria inflacionado o preço de itens necessários para a produção de refrigerantes e que são passíveis de isenção e geração de créditos fiscais na Zona Franca de Manaus. Dessa forma, a empresa acumularia mais créditos tributários do que os quais teria direito.
diretor-geral da CervBrasil, Paulo Petroni disse que relatórios da Receita Federal apontam, desde 2017, para “bilhões e bilhões de ilícitos tributários cometidos pelos fabricantes de concentrados de refrigerantes na Zona Franca de Manaus”.
Ambev (ABEV3): contraponto
Em nota, o trio da 3G informou que calcula todos os seus créditos tributários estritamente com base na lei. “Nossas demonstrações financeiras cumprem com todas as regras regulatórias e contábeis, as quais incluem a transparência do contencioso tributário. A Ambev está entre as 5 maiores pagadoras de impostos no Brasil”, complementou a companhia.
Por conta do noticiário acerca da cervejaria, as ações ABEV3 registram fortes quedas no Ibovespa hoje. Por volta da 13h10, o ativo caía 4,47%, cotada a R$ 13,05.
Americanas
A saga da Americanas (AMER3), uma das principais varejistas do Brasil, parece não ter fim. A companhia encerrou o seu serviço de vendas pelo telefone (televendas), medida que faz parte da reestruturação visando reequilibrar as finanças.
Isso porque a empresa está em recuperação judicial e tem dívidas superiores a R$ 40 bilhões, principalmente com grandes bancos. Por conta disto, está em uma “guerra de liminares” com estas instituições financeiras.
Deste a metade do dia de hoje, quem tenta ligar para a Americanas para fazer uma compra ouve uma mensagem que informa sobre o fim do serviço e direciona o consumidor para o site ou aplicativo da empresa.
Ontem, a companhia encerrou contratos com 50 prestadores de serviços de tecnologia em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Embora a Americanas empregue 45 mil funcionários, o número chega a quase 100 mil pessoas quando se leva em conta os trabalhadores indiretos.
Outro movimento inusitado diz respeito à perita forense Patricia Punder. Ela foi nomeada pela Justiça para o caso, mas renunciou alegando “falta de acordo entre as partes em relação aos honorários relacionados com os serviços a serem providos”.
Além disso, as centrais sindicais se reúnem com a alta cúpula da varejista, na sede da empresa, no Rio de Janeiro, dia 5 para tratar de demissões.
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