Justiça atende Bradesco (BBDC4) e mantém apreensão de e-mails da Americanas (AMER3)

A Justiça atendeu o Bradesco (BBDC4) e manteve busca e apreensão de e-mails de diretores da Americanas (AMER3), segundo o Estadão.

Conforme o jornal, o desembargador Ricardo Negrão, da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do Estado de São Paulo, decidiu a favor do banco em ação que pede a produção antecipada de provas relacionadas ao rombo contábil da varejista.

Também disse que a decisão foi expedida na tarde de hoje e manteve a busca e apreensão de e-mails e executivos e funcionários da companhia determinada na semana passada pela juíza de primeira instância Andréa Galhardo Palma.

E acrescentou que o Bradesco é o maior credor da Americanas, com R$ 4,8 milhões. Na decisão, o desembargador afirmou entender que o risco de perecimento das provas é “relevante” e que as medidas informadas pela Americanas para preservar essas provas são “insuficientes”.

O caso Americanas (AMER3)

O caso Americanas (AMER3) iniciou no dia 11 de janeiro de 2023 quando o então CEO Sergio Rial trouxe à público informações acerca de inconsistências contábeis na varejista, da ordem de R$ 20 bilhões. Por conta disso, ele abdicou do cargo apenas dez dias após ter assumido.

Na esteira dos acontecimentos, a rede de lojas informou—menos de 48h depois, que suas dívidas alcançavam o montante de R$ 41 bilhões. Por conta disso suas ações derreteram na volsa de valores e a B3 retirou o papel de todos os índices.

Nesta quinta, pela manhã, o administrador judicial, que assumiu a recuperação judicial da Americanas, informou que as dívidas totais da rede chegam a 47 bilhões. A empresa deve apresentar um plano de recuperação em até três meses, e este deverá ser aprovado pela Justiça.

O trio da 3G

Os acionistas controladores da Americanas são o trio da 3G, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. O primeiro é o homem mais rico do Brasil.