Contrato futuro de minério de ferro recua 1,2% na Bolsa de Cingapura

Ao atingirem seu nível mais baixo em quase três semanas, os contratos futuros do minério de ferro, com vencimento em março próximo, na Bolsa de Cingapura, recuaram 1,2% para US$ 123,4 a tonelada, após bater uma mínima de US$ 121,5 em 18 de janeiro.

Em que pese a redução do otimismo dos traders, a respeito da demanda pelo insumo siderúrgico por parte da China – maior produtora mundial de aço – o contrato de minério de ferro para maio próximo na bolsa de mercadorias e futuros chinesa de Dalian apresentou alta de 0,9% a 853,50 iuanes ou US$ 125,85 a tonelada, após descer a 835 iuanes.

Outro exemplo é o mercado spot, em que o minério de ferro com teor de 62%, a ser exportado para a China, encerrou a sessão a US$ 126 a tonelada, abaixo, portanto dos US$ 127 registrados na sexta-feira (3), apontam dados da consultoria SteelHome.

Na avaliação do diretor administrativo da Navigate Commodities, Atilla Widnell “esperamos testemunhar alguma queda imediata nos preços do minério de ferro esta semana, já que os fundamentos do lado da oferta e da demanda se afrouxam temporariamente”.

De acordo com analistas, a expectativa de crescimento da demanda por aço, após o feriado do Ano Novo Lunar, não se confirmou, devido ao aumento dos estoques (2,3%, somente na semana passada, a sétima semana seguida), enquanto a taxa de produção apresentou melhoria apenas ‘marginal’.

Outro aspecto relevante, a taxa de utilização média da capacidade do alto-forno de 247 siderúrgicas da China chegou a 84,32% em 2 de fevereiro último, o que correspondia a uma alta de 0,18% em relação a 27 de janeiro deste ano, divulgou a consultoria Mysteel.

Estudo de mercado apontam que a commodity, embora tenha atingido o maior patamar em sete meses, já amarga redução de 6% em seu valor este ano. “A demanda real por aço continua fraca e os estoques de aço já estão altos”, o que permite afirmar que a confiança já enfraqueceu no mercado de futuros de aço”, sentenciou o analista sênior da CRU International, Richard Lu, para quem o recente rali do minério foi exagerado.