Bancos
Reunião do CMN deve ratificar aumento da meta de inflação para 2023
Percentual seria inflado de 3,25% para 3,5%, por sugestão do próprio presidente do BC, Campos Neto
Como conter gastos públicos, atingir equilíbrio fiscal e reduzir a inflação não são questões prioritárias para o governo federal, o jeito é ampliar o percentual da meta de inflação, para que estas ‘se encaixem’ no formato de interesses políticos que miram a expansão desmedida de despesas federais, necessárias ao financiamento dos programas sociais de cunho populista.
Essa é uma das interpretações possíveis da mudança da meta de inflação, que deverá ser ratificada, já na próxima quinta-feira (16), na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), a qual já contaria com a concordância prévia do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, segundo informa o blog da jornalista Ana Flor, do site G1. Além de Campos Neto, o colegiado do CMN é composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Fernando Haddad e Simone Tebet, respectivamente.
Nesse sentido, a proposta à mesa seria a elevação, já, de 3,25% para 3,5% da meta de inflação para este ano, depois reduzida para 3% para os anos seguintes (2024 e 2025) como medida preliminar até junho, quando o CMN terá de definir a meta de inflação para 2026, período em que expira o mandato do governo Lula. Antes disso, porém, no final de 2024, termina o mandato do atual presidente do BC.
O raciocínio dos tecnocratas de plantão é de que, quanto mais baixas as metas de inflação, maior a necessidade de o BC aumentar a taxa básica de juros (Selic) para conter o aumento da inflação, o que, porém, também serve para ‘esfriar’ a atividade econômica.
Na verdade, a proposta de ‘subir’ a meta de inflação havia sido apresentada pelo próprio Campos Neto, segundo o blog do G1. Lula, por sua vez, defende uma meta mais ‘larga’, de 4,5%, o que ‘toleraria’ uma inflação de até 6%, este ano.
Depois de estourar a meta de inflação, em 2021 e 2022, 2023 deverá ser o terceiro ano seguido de descumprimento da referência de disciplina fiscal, agora pelo Executivo recém-empossado, o que demandará, todavia, uma carta pública de justificativas por parte de Campos Neto.
Na verdade, entre as hostes da autoridade monetária, já é dado como certo tal descumprimento da meta este ano, aí considerando, tanto o centro da meta de inflação (3,25%), quanto a banda mínima de 1,75% ou a máxima, de 4,75%.
Como efeito colateral imediato, a revisão para cima da meta inflacionária reforçaria a percepção do mercado, em torno do ‘risco sistêmico’ de as corporações terem de conviver com juros de dois dígitos na hora de honrar as dívidas.
Atualmente, a Selic está no patamar de 13,75% ao ano. Foco de preocupação de funcionários graduados do BC, como também de integrantes do governo, o descumprimento da meta atinge em cheio a credibilidade da autoridade monetária.

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