Economia
Focus: previsão de IPCA em 2023 sobe de 5,78% para 5,79%
Estimativa para o PIB cai de 0,79% para 0,76%; Selic avança de 12,50% a.a. para 12,75% a.a
Na nona alta consecutiva, o Boletim Focus, divulgado hoje (13) pelo Banco Central (BC) ampliou, de 5,78% para 5,79% a previsão do mercado financeiro para a inflação oficial (IPCA) deste ano, enquanto reduziu, de 0,79% para 0,76% a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) para 2023.
Embora o avanço inflacionário tenha sido mais ‘curto’ do que nas projeções anteriores, isso não impediu a expansão de 3,93% para 4% (quarta alta seguida) da expectativa de inflação para 2024, enquanto elevou, de 3,5% para 3,6%, a ‘aposta’ da inflação para 2025, e manteve em 3,5% a previsão para 2026.
No que se refere aos preços administrados, o IPCA projetado apresentou aumento, de 8,44% para 8,53%, traduzindo uma elevação pela 11ª semana seguida. A marcha firme do indicador pode ser atestada pela variação apresentada há um mês, de 6,95%. Sem contar a alta de 4,24% para 4,29% das projeções para o ano que vem, foram mantidas as previsões para 2025 e 2026, de 3,67% e 3,5%, respectivamente.
Após ‘rebaixar’, de 0,79% para 0,76%, as projeções do PIB para 2023, o Focus manteve em 1,5% a previsão para 2024, mas recuou, de 1,89% para 1,85% à expectativa para 2025 e manter em 2% a expectativa, com relação ao ano seguinte.
Em compasso com o avanço da previsão do IPCA, o prognóstico para a Selic avançou de 12,50% ao ano (a.a.) para 12,75% a.a. como também para 2024, que passou de 9,75% a.a. para 10% a.a.. Já para 2025 e 2026, foram mantidas as taxas de 9% a.a. e 8,5% a.a., respectivamente.
No plano cambial, houve manutenção, em R$ 5,25 do dólar para este ano, e em R$ 5,30 para 2024, 2025 e 2026.
Ao manter em 13,75% a.a. a Selic em sua última alta reunião (pela quarta vez seguida), o Comitê de Política Monetária (Copom) advertiu que “a incerteza fiscal e a desancoragem de expectativas inflacionárias em prazos mais longos [tendência de inflação crescente] aumentam o custo da desinflação [necessidade de manter elevada a Selic].
Em nota, o colegiado ressaltou que “o comitê segue vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período mais prolongado do que no cenário de referência será capaz de assegurar a convergência da inflação”. Para analistas, tal mensagem pode ser traduzida como uma indicação de que o corte da Selic não deverá mais ocorrer em setembro, como previa o mercado, mas apenas num horizonte mais longo e indefinido.
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