Empresas
Americanas pode ser despejada de shoppings; entenda o que os fundos imobiliários vêm cogitando sobre o assunto
Americanas afirma que não pagará valores de dívidas até o dia 19 de janeiro, o que faz fundos imobiliários cogitarem o despejo da varejista.
Após a descoberta do rombo em suas finanças, as Lojas Americanas entraram com o processo de recuperação judicial.
No entanto, a varejista afirmou que não irá pagar aos fundos imobiliários de shoppings, onde suas lojas estão alocadas, até o dia 19 de janeiro, no caso de aluguéis que já estavam atrasados antes mesmo de abrir o processo de recuperação.
Para esses fundos, a Americanas deve em torno de 12 milhões, apenas em aluguéis atrasados antes do pedido de recuperação.
É claro que, ao ouvir isso, os fundos começaram a cogitar o despejo da varejista. Um deles, foi a gestora Hedge Investments, que tem como fundo imobiliário o FII Hedge Shopping Parque Dom Pedro.
Em comunicado, a gestora afirma que ainda não há inadimplência por parte das Americanas, mas que espera que os pagamentos referentes ao período anterior continuem após a empresa ter entrado com a recuperação judicial.
No entanto, caso haja inadimplência por parte das Americanas em relação aos pagamentos, serão iniciadas as ações de despejo.
Mas esse não é o único fundo da gestora que seguirá esse mesmo caminho. Outros shoppings, como Hedge Floripa Shopping, Shopping West Plaza e o Hedge Atrium Shopping Santo André também irão seguir essa postura.
A gestora Hedge conta que se a Americanas não tem condição de manter suas lojas, o que torna inviável a recuperação judicial e apoia ainda mais que aconteça, de fato, o despeço da varejista.
Isso pode acontecer porque a recuperação judicial protege a varejista de dívidas relacionadas a contas de água, luz e aluguel. Porém, apenas no período em que ela esteja em recuperação.
Por esse motivo, as dívidas anteriores ao dia 19 de janeiro, data em que o pedido de recuperação foi anunciado, devem ser pagas.
Mas, para o pesar da Americanas, não é apenas com os fundos imobiliários que ela deve se preocupar enquanto devedora.
A varejista também deve aos fundos logísticos, que foram afetados com o rombo e o processo de recuperação judicial da Americanas.
Apenas para a CSHG Logística, a varejista deve mais de 5 milhões de reais. Mas fora esse, a Americanas deve para mais outros 14 fundos logísticos.
Se considerarmos o valor total, a varejista deve por volta de 12 milhões de reais para esses fundos de suas unidades.
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