O ChatGPT chegou às pregações da igreja! Isso seria uma coisa boa?

O ChatGPT é uma ferramenta feita a partir de inteligência artificial e permite que você pesquise sobre assuntos de maneira muito simples. Basta fazer uma pergunta ou dar algum comando que ele executa imediatamente.

Ele tem sido muito utilizado para construir textos, tanto de tarefas escolares como aqueles utilizados no marketing, o que tem dado o que falar, já que os professores estão bem chateados com a ideia.

Mas além das salas de aula, a discussão sobre a ferramenta foi parar na igreja. O pastor Melqui Ferreira resolveu utilizar a plataforma para criar um texto de 200 palavras sobre “a importância de andar com Deus”.

O texto surpreendeu. Em um trecho dizia o seguinte: “Ele nos dá a direção, o propósito e a paz que precisamos para enfrentar os desafios e as incertezas do dia a dia”. Em uma segunda sugestão, o Chat escreveu: “Andar com Deus é uma das mais valiosas jornadas que uma pessoa pode empreender”.

Com belas palavras, a discussão gira ao redor da possibilidade de uma inteligência artificial passar a pregar para os fiéis, já que alguns líderes religiosos estão estudando a nova tecnologia para suas missões.

Mas, embora algumas pessoas achem a tecnologia uma ótima estratégia para melhorar as reflexões e atrair fiéis para as igrejas, outros consideram a ferramenta um atalho, já que, segundo eles, a inspiração deve ser concedida pelo divino.

O pastor Melqui, embora tenha encontrado textos inspiradores na plataforma, também encontrou alguns erros quando solicitou à inteligência que falasse sobre as tribos de Israel. O pastor Silas Malafaia também não encontrou o que procurava na ferramenta, achando-a fraca. “Não achei nada demais”, disse ele.

Melqui acredita, no entanto, que, com o passar do tempo, a ferramenta tende a evoluir, e auxiliar ainda mais na pregação dos pastores. Porém, ele diz que, mesmo utilizando da ferramenta, é preciso seguir a inspiração do Espírito Santo, caso contrário, a mensagem não terá a mesma profundidade.

Ele ainda diz que a tecnologia não deve ser vista como vilã, que ela pode ser boa ou ruim, dependendo da intenção da pessoa que a utiliza. Ele ainda fez uma analogia com a faca, que pode servir apenas para passar manteiga, mas na mão de uma pessoa má intencionada pode virar uma arma.

Rueda, que é Diretor de Tecnologia da Informação na Renascer, diz que teme o avanço da tecnologia a ponto de extrair dados da igreja a fim de prosperar. Além disso, ele acredita também que os sacerdotes não podem deixar de lado a conexão com Deus nem as revelações que a fé entrega por meio da palavra.

Muitos pastores têm achado no ChatGPT uma estratégia de enriquecer suas pregações, porém, alguns ainda estão relutantes e temem que isso arranque a profundidade que, segundo eles, só Deus pode dar a palavra compartilhada.

A tecnologia está ainda em seu início, e muita evolução deve acontecer. Diante disso, muita discussão ainda deve ser necessária até que esse tipo de inteligência seja aceita nos meios mais conservadores com a tecnologia.