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Meta de inflação do Brasil é inalcançável, dizem gestores importantes

Eles participaram de evento do BTG (BPAC11).

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A meta de inflação do Brasil é inalcançável, disseram gestores importantes nesta quarta-feira (15) em evento do BTG Pactua (BPAC11).

Trata-se do sócio-fundador da SPX Capital, Rogério Xavier, bem como o sócio-fundador da Verde Asset Management, Luis Stuhlberger, e o sócio-fundador da JGP, André Jakurski.

Eles disseram não ver problema em mudança na meta de inflação, argumentando que ela está “completamente errada”.

Também argumentaram que a meta deste ano foi acertada em meados de 2020, em meio à pandemia de Covid-19, em um cenário bastante diferente.

Vale destacar que a meta da inflação para 2023 é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Para 2024 e 2025, o patamar estabelecido é de 3%, com a mesma banda de tolerância.

Inflação do Brasil

Xavier destacou que era um cenário diferente, visto a posteriori (a meta) está muito justa, muito ambiciosa para a gente alcançar… “Então eu vou e altero. Não tem nada de errado nisso”, afirmou. “O que adianta eu dizer que vou buscar 3,25% e fazer 6%.”

Ele citou que o país passou por várias situações inflacionárias nos últimos anos, como a pandemia de Covid-19, a guerra na Ucrânia, mudança de descarbonização e energia limpa, a questão das cadeias produtivas, entre outros.

“Se a gente tem uma reunião a cada ano, no mês de junho, para reavaliar as metas de inflação, por que é que isso é um dogma tão grande de corrigir?”, questionou.

Meta realista

De acordo com a Reuters, no mesmo evento, Stuhlberger afirmou concordar com Xavier e também afirmou que “buscar uma meta irrealista não é uma coisa boa pro Brasil no atual momento” do país, bem como destacou que é necessário um arcabouço fiscal crível.

Jakurski acompanhou a avaliação de Xavier e Stuhlberger de que a meta está errada. “Eu acho que não dá para perseguir essa meta.” E também ressaltou que considera ser mais importante primeiro definir a regra fiscal que vai substituir o teto de gastos.

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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