Livraria Cultura obtém liminar que suspende falência

A Livraria Cultura obteve nesta quinta-feira (16) liminar que suspende o decreto de falência da empresa.

Acontece que a falência foi determinada na semana passada pelo juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

Já o desembargador J. B. Franco de Godoi, relator do recurso da Cultura, que concedeu a liminar, disse que é preciso fazer um novo exame das provas que basearam a sentença de Monteiro Filho, porque os efeitos da decisão seriam irreversíveis.

De acordo com a Folha de S.Paulo, na sentença Monteiro Filho afirmava que o grupo não conseguiu superar sua crise econômica e o plano de recuperação judicial vinha sendo descumprido.

O periódico traz, ainda, que a Cultura recorreu da decisão na última terça-feira, e a companhia admitiu ter atrasado alguns pagamentos previstos no plano de recuperação, mas diz que hoje está em dia com os compromissos apontados pela administradora judicial como pendentes.

Conforme a defesa da companhia, a Cultura pagou mais de R$ 12 milhões a quase 3 mil credores nos últimos quatro anos. Também diz que a Cultura é economicamente viável, e que ir em frente com a recuperação judicial é mais benéfico para os credores do que a falência da companhia.

Livraria Cultura

Após o decreto de falência, as editoras parceiras começaram a recolher os estoques de loja da Livraria Cultura. A empresa pediu recuperação judicial em 2018 e se comprometeu a negociar e pagar uma dívida de R$ 285,4 milhões, mas não conseguiu honrar os compromissos.

No decreto que confirmou a falência da Livraria Cultura, o próprio juiz disse que tomou a decisão com tristeza.

Fundada 1947, A Livraria Cultura chegou a ter 16 unidades no país. Hoje estão abertas apenas a de São Paulo e a de Porto Alegre. Todo o patrimônio deve ser leiloado para pagar funcionários e outros credores.