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E assim surgiram os pets clones influencers: Entenda a história por trás da clonagem de animais

Entenda como os clones de pets que hoje vemos na internet surgiram. Veja também os malefícios causados pela prática.

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Nos últimos tempos, a clonagem tem se tornado uma tendência para “reviver” animais de estimação, embora seja um processo caro e polêmico.

Isso surgiu nos Estados Unidos no final dos anos 1990, com o projeto Missyplicity, que buscava clonar Missy, a cadela de Joan Hawthorne, companheira do falecido John Sperling, um bilionário do ramo educacional que investiu nessas pesquisas e experimentos.

O filho de Joan, Lou Hawthorne, ficou interessado na prática quando ouviu sua mãe dizer que não conseguiria viver sem a cachorra, que era castrada e não podia gerar descendentes.

Inspirado pela criação da ovelha Dolly em 1996, ele decidiu buscar uma réplica da cadela. Nesta época, Missy ainda estava viva e saudável, tendo falecido somente em 2002, aos 15 anos, por conta de um câncer.

Inicialmente, Sperling investiu cerca de US$ 4 milhões para financiar cientistas da Universidade Texas A&M. Posteriormente, em 2000, ele fundou a Genetic Savings & Clone, uma empresa de biotecnologia que visava acelerar as pesquisas.

No entanto, a meta de gerar outra Missy não foi alcançada até o final do projeto, já que cachorros são um dos mamíferos mais difíceis de serem clonados. Ainda assim, a empresa entrou para a história ao produzir a primeira animal doméstico clonado do mundo: a gata CC (Carbon Copy ou CopyCat), em 2001.

Entretanto, ela era fisicamente bastante diferente da gata original. Esse é um resultado possível da clonagem, uma vez que o DNA idêntico não significa necessariamente uma aparência idêntica. Isso foi um pouco decepcionante para todos.

Foram clonados mais três gatos nos anos seguintes e conseguiram uma semelhança maior entre os clones e o animal clonado. A primeira clonagem solicitada por um cliente foi em 2004, do gato Little Nick, que morreu aos 17 anos.

Este serviço, na época, custou cerca de US$ 500 mil e atraiu outros clientes, o que chamou a atenção de ativistas e cientistas que se posicionaram de forma contrária à prática. Em 2006, a empresa foi fechada.

Cinco anos após a morte de Missy, em 2007, a empresa Sooam Biotech, localizada na Coreia do Sul e responsável por clonar o primeiro cachorro do mundo, Snuppy, em 2005, utilizou células da cadela que haviam sido preservadas para realizar o desejo do bilionário.

Assim nasceu Mira, um clone idêntico de Missy e, nos meses seguintes, mais três cópias foram geradas: Chingu, Sarang e MissyToo.

Lou Hawthorne liderou os trabalhos da pesquisa que resultou em Mira, o clone idêntico da cadela Missy. Segundo ele, a pesquisa custou cerca de R$ 75 milhões. No entanto, apesar de todo o investimento, a mãe de Lou, já em idade avançada e após passar por um longo período de luto, decidiu não ficar com Mira.

Em parceria com a empresa sul-coreana Sooam Biotech, Lou fundou sua própria empresa de clonagem comercial, a extinta BioArts. A empresa produziu cerca de 20 clones, incluindo cinco cópias do cachorro Trakr, um herói do 11 de setembro.

Os clientes chegaram a pagar US$ 140 mil pelos clones. Entretanto, após perceber o sofrimento causado a milhares de cães e gatos todos os anos, Lou decidiu abandonar essa indústria na qual se dedicou por duas décadas.

Em declaração ao jornal The Mirror, Lou afirmou:

Um cachorro clonado contribui para a felicidade de uma família, mas não acho que seja possível fazê-lo sem muito sofrimento para centenas de outros. Foi por isso que eu saí. Não me importo se o mundo dos negócios de clonagem entrar em colapso, mas me importo com o sofrimento.”

Nos últimos anos, a clonagem de animais de estimação se tornou mais eficiente e acessível, o que a tornou popular entre aqueles com maior poder aquisitivo.

O assunto voltou à tona em 2017, quando a cantora Barbra Streisand contratou a ViaGen, a maior empresa de clonagem de animais de estimação do mundo, para clonar sua cadela Samantha, que havia falecido naquele ano.

Agora, as cópias resultantes, Miss Violet e Miss Scarlett, têm chamado a atenção nas redes sociais, mas também têm recebido críticas.

Pets clones influencers

Embora seja um processo caro e que possa causar sofrimento a outros animais, além de não garantir que o clone tenha o mesmo comportamento e aparência do animal original, muitas pessoas optam pela clonagem como uma forma de manter laços afetivos duradouros e até mesmo continuar a “carreira” dos seus animais.

Nas redes sociais, é possível encontrar clones de pets influenciadores, alguns já famosos antes de morrer, outros que se tornaram populares por serem cópias e até mesmo aqueles que ainda estão vivos, mas já possuem clones.

Amante de filmes e séries e tudo o que envolve o cinema. Uma curiosa ativa nas redes, sempre ligada nas informações acerca da web.

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