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Governo federal propõe reajuste salarial de 7,9% a servidores

Despesa é de R$ 300 bi por ano.

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O perfil político de Fernando Haddad para uma área técnica provoca críticas dos especialistas.

O governo federal propôs reajuste salarial de 7,9% a servidores, além de aumento de 43,6% no auxílio-alimentação.

De acordo com o Poder Executivo, trata-se de aumento linear para a categoria, com a participação de mais de 30 entidades representativa que compõem a bancada sindical.

Ainda assim, há uma condicionante de limitação da lei orçamentária de 2023, que prevê R$ 11,2 bilhões para “reajustes salariais e outros benefícios com impacto orçamentário”.

Desta forma, a proposta precisa ser formalizada e enviada às entidades representativas, para ser debatida em assembleias.

Governo federal e reforma administrativa

Vale lembrar que na quarta-feira (15) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, indicou que a reforma administrativa não é uma prioridade do governo Lula.

Ele disse, em jantar com empresários, que é “ilusório” achar que a mudança nas regras para servidores públicos irá representar redução de despesas.

Também disse que a prioridade é a reforma tributária e, por isso, a mudança para servidores não passará na frente. O ministro ainda disse que os maiores salários estão no Judiciário e no Legislativo, e não no Executivo.

A despesa com servidores é a segunda maior do governo federal, em cerca de R$ 300 bilhões por ano, atrás apenas dos gastos com a Previdência.

Taxa de juros

De acordo com Haddad, o patamar atual da taxa de juro real do Brasil “não tem explicação”. O juro real é a diferença entre a Selic (13,75% ao ano) e a inflação.

Ele destacou que os países com meta de inflação de 2% a 3%, como é o caso do Brasil, têm juros negativos. Enquanto quem tem juros positivos, disse o ministro, têm taxas que são a metade da do país.

Além disso, elencou, “a separação entre política monetária e fiscal não existe mais em nenhum lugar do mundo”. Também defendeu que é preciso “fortalecer mais” o Conselho Monetário Nacional (CMN).

Redatora. Formada em Técnico Contábil e Graduada em Gestão Financeira. Contato: simonillalves@gmail.com.

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