Economia
Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recua 1,3 ponto em fevereiro
Indicador da FGV vai a 84,5 pontos, menor nível desde agosto de 2022
Menor nível desde agosto de 2022 (83,6 pontos), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) recuou 1,3 ponto em fevereiro corrente, para 84,5 pontos, conforme dados divulgados, nessa sexta-feira (24) pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
De acordo com a coordenadora das sondagens da FGV, Viviane Seda Bittencourt, “no geral, há uma percepção de piora da situação atual, que é mais percebida pelas famílias de menor poder aquisitivo”, ao acrescentar que “as perspectivas ainda são de cautela, apesar de os consumidores ainda serem otimistas em relação ao mercado de trabalho”.
Acompanhando a tendência regressiva, o Índice de Situação Atual (ISA) – aquele que mede a percepção dos consumidores sobre o momento presente – igualmente caiu 1,8 ponto neste mês, indo a 69,3 pontos, aqui também o pior resultado desde maio de 2022 (69,1). Ao mesmo tempo, o Índice de Expectativas (IE) – que indica o sentimento sobre os próximos meses – teve redução de 0,9 ponto, caindo para 95,8 pontos.
Na avaliação da coordenadora da Fundação, “o contexto econômico das famílias se altera pouco: maior endividamento, taxas de juros elevadas, desaceleração da atividade econômica e a elevada incerteza devem manter a confiança em patamares baixos em 2023”.
Em janeiro deste ano, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) havia recuado 2,2 pontos em janeiro, tendo alcançado 85,8 pontos. Pelo critério de médias móveis trimestrais, o indicador recuou 0,9 ponto, segunda queda seguida, passando a 86,4 pontos, divulgou, na época, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).
Segundo a instituição, a retração do ICC no mês passado decorre da deterioração de expectativas em relação aos próximos meses, com destaque para a estabilidade do Índice de Situação Atual (ISA), pelo segundo mês consecutivo, com a variação de 0,2 ponto, para 71,1 pontos. No mesmo período, o Índice de Expectativas (IE) teve retração de 3,6 pontos, indo a 96,7 pontos.
No início deste ano, enquanto o ISA apresentou deterioração no que se refere à satisfação das famílias sobre a situação econômica, houve melhora das avaliações sobre as finanças pessoais. Já o quesito relativo à satisfação sobre a situação financeira das famílias subiu 0,8 ponto, indo a 64,4 pontos, ao passo que o indicador que mede a avaliação sobre a situação econômica recuou 0,5 ponto, passando a 78,3 pontos.
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