Ações, Units e ETF's
Americanas (AMER3) entra no radar do BC
Varejista envolvida em suposto rombo fiscal.
O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, disse hoje que é cedo para avaliar um eventual impacto dos problemas financeiros da Americanas SA (AMER3) sobre as estatísticas de crédito, relativas a janeiro, divulgadas nesta segunda-feira pela autoridade monetária.
O executivo destacou que há várias formas de supor o impacto e a varejista é uma grande empresa que, “se não podemos dizer que faliu, está com sérios problemas”.
Vale destacar que os bancos tinham exposição com as Americanas, com fornecedores das Americanas e como os concorrentes das Americanas, segundo ele. “Para janeiro, esse efeito ainda é muito incipiente para quantificar sua magnitude”, concluiu.
O BC divulgou hoje que as concessões no crédito livre caíram 13,9% em janeiro na comparação com dezembro, para R$ 424 bilhões. No crédito para pessoas físicas, as concessões caíram 2,2% no primeiro mês do ano, para R$ 242,4 bilhões. Já no caso de pessoas jurídicas, as concessões despencaram 25,8% em janeiro ante dezembro, para R$ 181,6 bilhões.
Americanas (AMER3) versus Bradesco (BBDC4)
O Bradesco (BBDC4), um dos principais credores da Americanas, pediu à Justiça de São Paulo, hoje, que o trio de acionistas de referência da varejista seja impedido de vender seus bens e de esvaziar os próprios patrimônios enquanto a varejista não quitar a dívida de R$ 4,7 bilhões que mantém com o banco. A informação é de Lauro Jardim, em O Globo.
Segundo ele, a ação mira Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira e cobra que eles mantenham aquilo que possuem para o caso de serem reconhecidos adiante como responsáveis por indenizar os credores da companhia.
A petição, produzida pela equipe do advogado Walfrido Warde Júnior, diz que o Bradesco tem a intenção de “resguardar o seu direito de acionar pessoalmente” os três sócios para que respondam “pelos atos que tenham sido por eles perpetrados e (a ação) impeça eventuais medidas de esvaziamento patrimonial”. Segundo o banco, o desfecho do caso Americanas deve envolver a descoberta de uma “provável fraude” pela qual Lemann, Telles e Sicupira podem ser responsabilizados “por ação, por omissão”.
Em outro trecho, o Bradesco questiona: “Se alguém disser que a Americanas foi administrada e controlada por mentirosos estará mentindo?”, em uma referência ao fato de que o rombo em questão se formou ao longo de uma década e, na concepção dos advogados do banco, não teria como passar despercebido pelos controladores do negócio.
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