Commodities
Petrobras reduz em 14%, preço do querosene de aviação (QAV)
Medida da estatal, divulgada nessa quarta-feira (1º) vale para todas as praças do país
Depois de aumentar em 17,1% o preço do querosene de aviação (QAV) em janeiro deste ano, a Petrobras anunciou ontem (1º) a redução de 14% do insumo aeronáutico, válida para todas as praças do país, com destaque para às de Duque de Caxias (RJ), Betim (MG), Guarulhos e Paulínia (SP).
Definidos mediante fórmulas contratuais negociadas com distribuidoras, os ajustes de preços de QAV são mensais, conforme esclarece a nota da estatal, que comercializa o produto em suas refinarias (ou é importado) às suas distribuidoras que, por sua vez, o comercializa para empresas de transporte aéreo e outros consumidores finais nos aeroportos e revendedores. Para melhor entendimento, distribuidoras e revendedores respondem pelas instalações nos aeroportos, assim como pelos serviços de abastecimento.
A última alteração anterior, no valor do insumo, foi tomada pela estatal, em 1º de fevereiro, pela Petrobras, quando o preço do QAV foi majorado em 17,1%. Se comparado ao valor cobrado pelo QAV em fevereiro do ano passado, a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear) estima que a alta acumulada do item chega a 37,8%.
Em outro comparativo, a Abear calcula que, em dezembro de 2022, o preço médio do QAV na bomba no Brasil é 45% superior ao cobrado nos Estados Unidos. Segundo a entidade, a alta do preço do QAV constitui hoje o ‘maior desafio’ das empresas aéreas brasileiras, pois o insumo corresponde a 40% de seus custos totais.
Em nota, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz assinala que “a volatilidade da cotação do dólar também é preocupante, pois mais de 50% dos custos são dolarizados. É por isso que a Abear tem ampliado sua interlocução com o Poder Público, criando mesas de diálogo permanente com ministérios como o da Fazenda, de Portos e Aeroportos, do Turismo e com a Embratur”.
Estudo da associação revela que, ao longo do ano passado, o querosene de aviação totalizou uma alta de 49,6%, que chegou a ser de 60%, afinal reduzida, em razão do recuo do preço do petróleo no mercado internacional, quando a Petrobras aplicou reduções, a partir do segundo semestre de 2022.
Atualmente, pouco mais de 10% do QAV utilizado no país é importado (a maior parte dos Estados Unidos, considerando preços de mercado), em que os outros 90% são refinados diretamente pela Petrobras.
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