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Commodities

Brasil compra 71,1 mil t de arroz dos EUA e volume já é o mais alto em 17 anos

Total de arroz norte-americano vendido ao Brasil chegou a 108,3 mil toneladas em 2020.

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Os Estados Unidos exportaram mais 71,1 mil toneladas de arroz para o Brasil, segundo dados do Departamento de Agricultura do país (USDA), à medida que os brasileiros recorriam a vendedores incomuns do produto para fugir de seus preços recordes.

O total de arroz norte-americano vendido ao Brasil chegou a 108,3 mil toneladas em 2020, ainda de acordo com o USDA.

Essa já é a mais robusta venda de arroz dos EUA ao Brasil em um ano desde 2003, quando o país sul-americano importou ao todo 486,45 mil toneladas.

A associação do setor Abiarroz disse na semana passada os EUA deverão responder pela maior parte do fornecimento nas compras recentemente feitas fora de países do Mercosul, desde que o Brasil implementou uma cota sem tarifa extra bloco comercial de 400 mil toneladas até o final do ano.

País do bloco não pagam tarifas por suas importações, cujas taxas variam de 12% para o grão beneficiado e 10% sobre o produto em casca.

O Brasil também comprou cerca de 70 mil toneladas de arroz da Índia e 18 mil da Guiana, conforme estimativa da Abiarroz.

Mas mesmo com o maior volume de importação, os preços do alimento continuavam altos.

No Rio Grande do Sul, maior produtor brasileiro, a cotação da saca de 50 kg do arroz bateu 104,29 reais na quarta-feira, beirando a máxima histórica, falou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

O recorde foi registrado pelo Cepea no último dia 23, e é de 106,24 reais por saca. Segundo a Conan, o motivo é que o país começou o ano com estoques relativamente pequenos, nos menores níveis desde 2014,

A demanda durante a pandemia elevou os preços do arroz, e segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conan) o consumo deve aumentar cerca de 5% em 2020, para quase 11 milhões de toneladas.

Ao mesmo tempo, as exportações brasileiras cresceram mais de 70% no acumulado de janeiro a agosto, para 1,15 milhão de toneladas, com um câmbio favorável ajudando a reduzir a oferta interna, segundo dados do governo. Já as importações, a maioria de países vizinhos, caíram 17% no mesmo período, para 417,4 mil toneladas.

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