Ações, Units e ETF's
Bolsas asiáticas operam sem direção definida nesta terça-feira
Mercado oriental reflete tensão EUA-China, além de risco de nova ‘puxada’ nos juros ianques
Sem direção definida. Assim fecharam, nesta terça-feira (7), as bolsas asiáticas, sob influência da elevação de temperatura geopolítica entre as duas superpotências do planeta, Estados Unidos e China, por conta do apoio dos primeiros a Taiwan, ex-protetorado inglês, rico, e por isso, cobiçado pelo gigante asiático.
Também adiciona volatilidade ao mercado oriental a expectativa quanto ao pronunciamento, mais tarde, do presidente do Federal Reserve (Fed) – banco central estadunidense – Jerome Powell, a respeito dos rumos da política monetária ianque, que tem impacto global.
Reflexo desse cenário imprevisível, na China, o índice Xangai Composto caiu 1,11%, a 3.285,10 pontos, como também recuou 22,02% 2.108,72 pontos, o Shenzhen, em razão das fortes críticas contra os EUA, disparadas pelo ministro de Relações Exteriores chinês, Qin Gang, pela ‘deterioração’ das relações bilaterais entre Pequim e Washington, devido ao apoio americano à ilha de Taiwan. O azedume dos negócios asiáticos acabou atingindo, também, Hong Kong, onde o índice Hang Seng fechou a sessão em baixa de 0,33%, a 20.534,48 pontos.
Em contraponto à tendência negativa, o índice japonês Nikkei avançou 0,25% a 28.309,16 pontos, ao passo que o sul-coreano Kospi se manteve estável, com alta simples de 0,03%, a 2.463,35 pontos, e o Taiex cresceu 0,60% a 15.857,89 pontos.
Na Oceania, a bolsa de Sydney, o índice australiano S&P/ASX 200 teve alta de 0,49% a 7.364,70 pontos, após o BC do país (RBA), anunciar a elevação de sua taxa básica em 25 pontos-base, indo a 3,60%, como previsto por analistas, após a autoridade monetária local ter admitido que a inflação doméstica havia atingido o pico, o que prenunciaria, igualmente, o fim do ciclo de sucessivas altas nas taxas de juros.
Do ponto de vista da economia regional, pesa também, mas com menor intensidade, para os investidores a informação de que as exportações chinesas apuraram queda anual abaixo do esperado para o primeiro bimestre deste ano.
Tal instabilidade está relacionada ao estresse do mercado de capitais, não só da Ásia, mas do resto do planeta, quanto ao tom adotado por Powell, no discurso que fará no Congresso americano, no sentido de continuar elevando as taxas de juros nos próximos meses.
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