A fascinante história por trás da cor Magenta, inventada pelo cérebro humano

Você sabia que a cor magenta é quase uma invenção do seu cérebro, e não uma faixa de luz vista pelos seus olhos? Entenda aqui porque ela é diferente do azul, do vermelho e do amarelo.

A ciência das cores

O corpo humano pode perceber apenas uma fração dos comprimentos de ondas existentes por meio dos nossos sentidos, a maior parte através dos nossos olhos, pela chamada “luz visível”.

O motivo de somente detectarmos apenas uma pequena faixa desse espectro de ondas eletromagnéticas ainda está sendo estudado.

A faixa chamada de “luz visível” é a de emissão mais comum pelo Sol e, evolutivamente, é a que nossos ancestrais que viviam na água recebiam, por ser de propagação mais fácil nesse meio.

As cores são detectadas por células especializadas em nossos olhos, localizadas no centro da retina. Essas células são de diferentes tipos e se sobrepõem, formando o espectro de cores que nossos olhos podem processar.

Cada cor que podemos perceber é gerada por meio do estímulo de um ou mais cones por meio de um único comprimento de onda ou pela combinação de comprimentos de ondas formando as cores finais.

Magenta – a diferentona

Mas isso não é o que acontece com a cor magenta. Não há uma combinação de comprimentos de ondas que estimulem os cones da retina humana para que formem a cor magenta. Ou seja, é o nosso cérebro que forma essa cor.

Mas como isso acontece?

A cor só é percebida quando cones dos tipos que captam luz vermelha e azul e suas formas puras são estimulados.

Ainda não se sabe porque o cérebro faz isso, mas uma explicação evolutiva pode ser devido à utilidade para nossos ancestrais que viviam em florestas muito verdes, onde frutas e flores magentas teriam maiores contrastes com as folhas verdes ao redor, facilitando serem encontradas e coletadas.

Esse tipo estranho de salto cognitivo é realizado pelo nosso cérebro o tempo todo de forma natural, transformando a percepção que temos do mundo ao redor para favorecer nossa sobrevivência no ambiente em que estamos inseridos.