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Economia

Licenciamentos de veículos novos chega ao maior volume do ano em setembro

Vendas de veículos novos cresceram 13,3% em setembro em relação a agosto, informou a Fenabrave.

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A Fenabrave, associação de distribuidores de veículos, informou nesta sexta-feira que os licenciamentos de veículos novos cresceram 13,3% em setembro em relação a agosto, marcando mais um mês positivo a despeito de problemas no setor de autopeças que restringiram a oferta em alguns segmentos.

Impulsionados pelo segmento de comerciais leves, que inclui vans comerciais, picapes e utilitários esportivos, os emplacamentos de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus no país totalizaram 207,74 mil unidades no mês passado, maior volume do ano.

“A cada mês que passa, conseguimos observar que o mercado vem retomando os volumes e se readequando ao que se convencionou chamar de novo normal. Apesar de ter o mesmo número de dias úteis de agosto (21), o volume de (vendas de) setembro foi mais elevado”, afirmou em comunicado o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

Assunção Júnior acrescentou que a performance também foi impulsionada pelos efeitos da pandemia, “que tem feito as pessoas optarem pelo transporte individual, em vez do coletivo”.

Mas ele disse que os segmentos de caminhões voltou a passar por limitações de produção, causando desabastecimento e queda nas vendas, que caíram 8,3% frente a agosto e 20,3% sobre setembro de 2019.

O secretário especial de competitividade do governo federal, Carlos da Costa, afirmou na quarta-feira que a recuperação do setor industrial tem ficado muito além do esperado o causa problemas na cadeia de suprimentos, algo que tende a ser solucionado pelo próprio setor nos próximos meses.

De acordo com os dados da Fenabrave, as vendas de caminhões novos chegaram a 7,41 mil unidades em setembro, totalizando 62,6 mil veículos no acumulado do ano, recuo de 16,2%.

“O mercado de caminhões continua com uma forte demanda, em todos os seus subsegmentos, e não foi melhor pelos problemas gerados na produção, causados, ainda, pela falta de componentes e pela baixa capacidade de produção nos seus principais fornecedores”, explicou o presidente da associação.

A Fenabrave também afirmou que o segmento de motocicletas continua estimulado, na esteira no aumento da demanda por serviços de entrega de encomendas em razão do crescimento do comércio eletrônico, outro efeito da pandemia. Contudo, o segmento também vem enfrentando falta de componentes, disse a entidade. As vendas de motocicletas em setembro cresceram 3,8% frente a igual mês do ano passado e 13,6% na comparação anual.

Na outra ponta está o segmento de ônibus, cujas vendas caíram 13,6% em setembro ante agosto e 34% ano a ano, em meio à queda na demanda por transporte público por causa da crise do coronavírus.

Na manhã deste sexta-feira, a Marcopolo, uma das principais fabricantes de carrocerias de ônibus do mundo, disse que vai encerrar as atividades de sua fábrica no Rio de Janeiro a partir do final de outubro para se adequar à queda na demanda.

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