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Commodities

Após petroleiras, entidades pedem ao Supremo o fim de imposto de exportação

Ao Judiciário, IBP e Abep argumentam que a medida “visa restabelecer a ordem constitucional”

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Poucos dias após as petroleiras Shell, Equinor e TotalEnergies, a contestação judicial à criação do imposto sobre exportação do petróleo cru ganhou novas adesões de peso. Um dia depois do Instituto Brasileiro do Petróleo e do Gás (IBP), entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (14), foi a vez da Associação Brasileira de Exploração e Produção (Abep) ingressar, na mesma Corte, com intuito de impedir a cobrança do tributo, que insere na reoneração dos combustíveis, promovida pelo Executivo.

Ao lembrar que o setor responde por 15% do PIB industrial do país, o IBP emitiu nota sobre a decisão de recorrer à Justiça, que “visa restabelecer a ordem constitucional tributária e os princípios da materialidade do Imposto de Exportação (inexistência de extrafiscalidade)”, uma vez que conceitos fundamentais, como a livre concorrência, a isonomia, a capacidade contributiva, do não-confisco e a segurança jurídica foram ’severamente atingidos’”.

No documento, o instituto admite que “há grande preocupação da indústria em relação à atratividade do país para investimentos robustos e de longo prazo. Tal alocação de recursos demanda previsibilidade jurídicas regulatórias e tributárias, bem como respeito aos contratos vigentes – uma tradição do Brasil que permitiu o desenvolvimento do segmento de óleo e gás nos últimos anos”. Em outro trecho da carta, o IBP destaca, ainda, que as exportações de petróleo são “o terceiro item mais importante da balança comercial brasileira”.

Segundo a Abep, “a tributação, mesmo que temporária, é capaz de impactar a confiança no país, além de “afetar a credibilidade no que tange a estabilidade das regras”, ao comentar que “a criação desse novo imposto também afeta as perspectivas de aumento da produção de petróleo, uma vez que o produto será onerado e sofrerá uma maior concorrência de países que não tributam o petróleo cru. Nesse contexto, estados produtores de óleo e gás e aqueles com relevância na cadeia de fornecedores perdem com o possível afastamento de investimentos e projetos”. Por fim, a associação observa que “a tributação de exportações também abre um precedente para tributar vendas de outros setores econômicos focados nas vendas externas de commodities”.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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