Economia
IPCA para 2023 cai 0,01 p.p. após quase três meses de altas
Na mesma proporção que a inflação, caiu a previsão do PIB para este ano, de 0,89% para 0,88%
Pela primeira vez em quase três meses, o Boletim Focus, do Banco Central (BC), em consulta às 100 maiores instituições financeiras nacionais, projetou recuo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – referência oficial de inflação do país – para este ano, de 5,96% para 5,95%, mas, em contrapartida, apontou elevação do indicador em todos os anos posteriores: 2024 (4,02% para 4,11%); 2025 (3,80% para 3,90%) e para 2026 (3,79% para 4%).
Tanto para 2023, como para os próximos anos, a estimativa inflacionária se encontra acima da meta de inflação. Para o atual, a meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,25%, com intervalo de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, o correspondente a uma banda inferior de 1,75% a uma banda superior de 4,75%. A meta para 2024 é de 3%.
Se considerado do critério de preços administrados, o IPCA acusou nova alta, de 9,13% para 9,36%, firmando a tendência altista das últimas 16 semanas. Há um mês, a previsão era de 9,01%. Na mesma ‘toada’, a projeção para 2024 cresceu de 4,4% para 4,5%; a de 2025, de 3,94% para 4,0%, enquanto, no ano seguinte, esta ‘estacionou’ em 4,0%.
Nem como consolação serviu a ‘encolhida’ do IPCA para este ano, pois igualmente caiu a projeção do PIB, que recuou de 0,89% para 0,88%. Verdadeiros ‘tombos’ no desempenho da economia, porém, são esperados para os anos seguintes, segundo o mercado financeiro: 2024 (de 1,5% para 1,47%); 2025 (1,80% para 1,70%) e 2026 (1,98% para 1,80%).
Como a escalada inflacionária teve uma ligeira ‘pausa’, a projeção do mercado financeiro para a Selic (taxa básica de juros) também refletiu o cenário atual. Dessa forma, foi mantida a previsão de 12,75% ao ano para 2023, de 10% ao ano para o 2024 e em 9% ao ano para 2025. Único a destoar, 2026 teve alta, de 8,75% ao ano para 9% ao ano. Enquanto isso, a Selic deste ano se mantém, inabalável, em 13,75% ao ano, mantendo o país ‘no topo do ranking’ da maior taxa real do planeta: 8% ao ano.
Pela sétima semana seguida, o Focus manteve em R$ 5,25 a cotação do dólar ante o real para o final deste ano, o mesmo ocorrendo, pela terceira semana consecutiva, com relação a 2024, em R$ 5,30. Para 2025, por 13 semanas, a paridade continuou em R$ 5,30. Já para 2026, porém, o câmbio avançou de R$ 5,35 para R$ 5,40.
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