Pix vai limitar valor de transação para diminuir risco de fraudes

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil (BC), prevê limitar os valores das transações. A decisão foi tomada depois das reclamações e preocupações dos bancos em relação a possíveis fraudes. O novo recurso será lançado em 16 de novembro.

“Discutimos muito com o Banco Central. Em todos os lugares do mundo tem limitação e, a princípio, não teria aqui. Sempre que se começa um sistema de pagamentos instantâneos há o risco de fraude, e não se ter uma limitação era uma preocupação grande”, afirma o diretor de estratégias PME e open banking do Itaú Unibanco, Carlos Eduardo Peyser. Assim, o BC definiu que o limite do Pix será igual a “transações equivalentes”.

De acordo com o executivo, a princípio, pensava-se que os DOCs e TEDs seriam as operações mais próximas, mas elas não são efetivadas fora do horário comercial. Sendo assim, não seria um bom comparativo no quesito segurança, por isso a conclusão de que o débito seja o equivalente mais adequado.

Porém, a redução de valor é uma possibilidade e ficará à definição de cada instituição. O limite da operação do Pix entre os bancos também não será igual, já que cada um possui um limite distinto. É importante destacar que, pelo que foi delimitado pelo BC, o limite da transação do Pix não pode ser menor que o limite do débito.

Segundo o diretor de Segurança Corporativa do Itaú, Adriano Volpini, esse limite não é “imutável”, podendo ser modificado depois. “É quase óbvio que teremos um avanço nessas ofertas do canal para o cliente. Mas o limite hoje visa mais preservar as pessoas e o sistema de pagamentos em si do que propriamente limitar perdas. Os bancos têm uma experiência e resiliência importantes para esse tipo de problema”, alega.