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Consumo de energia elétrica aumenta 1,6% em fevereiro

Segundo a CCEE, alta ocorre após ciclo de vários meses de queda, contados até novembro passado

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Nem juros nas alturas, nem inflação persistentemente alta foram suficientes paras impedir que o consumo de energia elétrica avançasse 1,6% em fevereiro (o correspondente a 69.522 megawatts médios) no comparativo anual, após apresentar um período de estagnação e queda nos meses anteriores a novembro do ano passado, segundo aponta o Boletim InfoMercado da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), divulgados nesta segunda-feira (20).

Entre os fatores do crescimento do consumo, o estudo da CCEE destaca o incremento de 2,3% da demanda do mercado livre em fevereiro, antes igual mês de 2022, sobretudo por parte de grandes grupos comerciais, ligados aos segmentos de varejo e indústria, que negociam diretamente com geradoras ou comercializadoras.

No que se refere ao mercado regulado de energia – no qual residências e pequenas empresas contratam seu fornecimento diretamente com distribuidoras – o avanço foi de 1,1%, também no comparativo anual.  Nesse sentido, a CCEE assinala que a demanda do mercado regulado sofreu retração, em razão da atuação mais reduzida por parte da micro e minigeração distribuída, ou seja, painéis solares fotovoltaicos para geração própria, instalados em telhados, fachadas e terrenos.

Mas se desconsiderado o efeito da tecnologia, no que toca à menor utilização da energia com origem na rede elétrica, o consumo regulado subiu 4,1% no mês passado, ante igual mês de 2022.

Sob o ponto de vista de geração de energia, o levantamento da Câmara mostrou que as hidrelétricas obtiveram uma produção 1,7% maior no mês passado, em razão de condições hidrológicas favoráveis, o que contribuiu para a redução de 37,9% da geração proveniente das usinas termelétricas, acionadas quando há menor uso das hidrelétricas.

Ao mesmo tempo, entre fontes renováveis, houve expansão, de 74,7%, no caso da energia solar e de 45,4%, na energia eólica.

Pelo critério regional, os aumentos mais expressivos de consumo do insumo foram verificados no Maranhão (42,2%), Rondônia (8,9%) e Pará (7,2%). A explicação é que o avanço resulta da combinação de menos chuva com temperaturas mais altas, o que implica maior necessidade de uso de aparelhos de ar-condicionado.

Enquanto isso, as hidrelétricas se mantêm em trajetória ascendente de produção de eletricidade para o Sistema Interligado Nacional (SIN), em virtude de um ciclo chuvoso que se mostrou muito favorável. Somente em fevereiro, o segmento respondeu pela entrega de 57.474 megawatts médios à rede.

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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