Vale-Refeição Encurtado? Duração de 11 Dias em Tempos Difíceis

Atualmente, as elevadas taxas de inflação e juros no país vêm causando muita discussão e críticas, envolvendo até mesmo o Governo Federal e seus aliados. No entanto, além das discussões e alterações de preço, outro fator foi descoberto em uma pesquisa recente.

A responsável pela pesquisa foi a Sodexo Benefícios e Incentivos. Por meio do estudo, foi revelado que os trabalhadores que recebem vale-refeição conseguem utilizar o saldo do crédito por apenas 11 dias do mês, em média, o que seria algo como a metade do mês de alimentação saindo totalmente do bolso do trabalhador.

No ano passado, essa média era um pouco maior, durando 13 dias. De acordo com a Sodexo, esse número reduzido é um reflexo direto da situação atual da inflação e dos juros, que se encontram em um patamar elevado.

Esse número de dias, inclusive, vem decaindo desde a pandemia, já que, em 2019, antes dos efeitos devastadores da covid-19, a duração média do vale-refeição era de 18 dias, conforme informa a empresa.

As empresas que oferecem o benefício aos seus funcionários utilizam o cálculo de pagamento para 22 dias úteis por mês, o que acaba não se verificando na prática atualmente.

O estudo também demonstrou que as empresas de todos os portes aumentaram os valores concedidos neste ano quando comparados ao anterior, mas esse aumento no valor não está sendo capaz de acompanhar o aumento do preço médio das refeições feitas fora de casa.

O valor médio da refeição considerada pela pesquisa foi o informado no meio do ano passado pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT), que era de R$ 40,64 por refeição.

Abaixo, confira as médias de preços nacionais por cada modalidade de refeição feita fora de casa:

• Comercial/prato feito – R$ 30,59;
• Autosserviço/quilo – R$ 35,91;
• Executivo – R$ 50,23;
• À la carte – R$ 64,83.

Neste ano ainda teremos um novo levantamento, que será divulgado no mês de junho, revelando a nova média de preço por refeição no país.

No entanto, atualmente os brasileiros estão optando por opções menos saudáveis e mais baratas para se alimentar, como lanches e salgados. Além disso, o almoço não é o único gasto com alimentação do funcionário, já que cafés, lanches da manhã e da tarde também fazem parte da rotina.