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Tecnologia

O que pensa Bill Gates sobre o uso da inteligência artificial?

Bilionário publicou texto em um blog pessoal nesta semana, expondo sua visão sobre o futuro e as possibilidades oferecidas pela IA.

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O fundador da Microsoft, Bill Gates, publicou um texto em seu blog nessa terça-feira (21) para falar sobre inteligência artificial.

O bilionário segue entusiasta da tecnologia. No texto intitulado “A era da IA começou”, ele diz que o futuro é promissor e que a inteligência artificial será tão fundamental quanto computadores, internet e smartphones.

Gates sai em defesa do uso de IA, com a alegação de que ela será uma ferramenta importante, capaz de melhorar a produtividade das pessoas e as desigualdades no trabalho, na saúde e na educação.

Apesar do posicionamento positivo, ele não deixa de falar sobre os riscos. O magnata se diz preocupado com a possibilidade de que humanos utilizem a IA de forma errada e que ela seja capaz de estabelecer objetivos próprios, à medida que for aprimorada com o tempo.

Aumento da produtividade

Para Gates, apesar de os humanos ainda serem melhores que o ChatGPT, por exemplo, ainda existem muitas atividades em que a tecnologia poderia ser utilizada e não é.

Ele cita o caso de algumas tarefas relacionadas a vendas, feitas digitalmente ou por telefone, e manuseio de documentos que exigem, basicamente, tomada de decisão, e não uma capacidade para aprender continuamente.

As empresas têm programas de treinamento para essas atividades e, na maioria dos casos, têm muitos exemplos de bons e maus.

Os humanos são treinados usando esses conjuntos de dados e, em breve, esses conjuntos de dados também serão usados ​​para treinar as IAs que capacitarão as pessoas a fazer esse trabalho com mais eficiência.

Futuros assistentes

Os avanços da inteligência artificial o fazem crer que, em um futuro próximo, ela poderá ser uma espécie de assistente, capaz de checar e-mail, verificar compromissos e ler textos com os quais as pessoas não desejam se preocupar.

Isso melhorará seu trabalho nas tarefas que deseja realizar e o libertará das que não deseja“, afirma Gates. Na visão dele, os governos terão de ajudar os trabalhadores na transição para outras funções.

Saúde e educação

O bilionário aposta, ainda, que saúde e educação são duas áreas que poderão se beneficiar bastante da inteligência artificial, pois não existem trabalhadores suficientes para atender todas as demandas.

Gates acredita que a IA seria capaz de substituir profissionais de saúde na execução de determinadas tarefas, como preencher pedidos de seguro e redigir notas de visitas médicas, por exemplo.

A solução seria interessante, segundo ele, para otimizar o tempo e solucionar a questão da sobrecarga de médicos em países mais pobres.

Hoje, a tecnologia já é utilizada em saúde para analisar dados e prescrever medicamentos. A próxima onda, aponta Gates, será auxiliar na prevenção de efeitos colaterais e no cálculo dos níveis de dosagem.

Riscos da IA

No conteúdo do texto, o magnata lembrou de citar algumas preocupações. Ele pondera que a IA ainda possui alguns problemas, como não entender o contexto do pedido de um humano, por exemplo.

Quando você pede a uma IA para inventar algo fictício, ela pode fazer isso muito bem. Mas quando você pede conselhos sobre uma viagem que deseja fazer, a ferramenta pode sugerir hotéis que não existem.

Isso ocorre porque a IA não entende o contexto do seu pedido suficientemente para saber se deve inventar hotéis ou apenas informar sobre as acomodações que têm quartos disponíveis“, explica Gates.

Esse tipo de erro, segundo ele, será possível corrigir nos próximos anos. O risco maior, no entanto, é a IA ser utilizada como uma arma.

Como a maioria das invenções, a inteligência artificial pode ser usada para fins bons ou malignos. Os governos precisam trabalhar com o setor privado para encontrar formas de limitar os perigos.”

O bilionário cita, por fim, o risco de que a tecnologia saia do controle, a ponto de decidir que os humanos seriam uma ameaça e que os interesses dela são diferentes dos nossos ou simplesmente parar de se importar com as pessoas.

Independentemente do que aconteça, ele sabe que a inteligência artificial dominará as discussões por muito tempo ainda, e conclui que, para aproveitar ao máximo os benefícios da tecnologia, é preciso se proteger contra os riscos e torná-la acessível a todos.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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