Mercado de Trabalho
Desemprego Jovem: Dobro da Média Nacional? Impactante!
Saiba mais sobre os dados divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domícilios (Pnad) Contínua, feita pelo IBGE.
O desemprego entre os jovens no Brasil é atualmente um problema social e econômico que atinge milhões de pessoas. As causas do desemprego nessa faixa etária são diversas e complexas, envolvendo alguns fatores estruturais, conjunturais e individuais. Entre eles, temos:
- baixa escolaridade;
- falta de qualificação profissional dos jovens;
- falta de oportunidades e de políticas públicas visando inserir essa faixa etária no mercado de trabalho;
- crise econômica e sanitária ocasionada pela pandemia da covid-19;
- discriminação e preconceito contra os jovens no mercado de trabalho, principalmente mulheres, moradores de periferia e negros.
As consequências do desemprego entre os jovens podem ser graves e duradouras, atingindo não somente os indivíduos desempregados, mas também a sociedade como um todo. Os jovens sofrem com a dependência financeira da família e outros fatores.
Já a sociedade vem comprometendo o desenvolvimento econômico e social do país, visto o desperdício de potencial criativo e produtivo de uma grande parcela da população, além de reduzir a arrecadação com impostos e aumentar gastos públicos com assistência social e saúde.
Desemprego entre jovens
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, a variação da população em idade ativa (PIA, com 14 ou mais anos de idade) teve uma variação anual de 1,1% no ano de 2018 para 0,9% em 2022.
Já a PIA de 18 a 24 anos teve uma variação de 0,5% em 2018 para -1,9% no ano de 2022. Assim, a população de 18 a 24 anos vem diminuindo, mas o desemprego entre essa faixa etária está aumentando.
Mesmo com a redução na população dessa faixa etária, o desemprego se demonstrou mais persistente do que é no aspecto geral. A taxa de desemprego da população geral foi de 7,4% em 2012 para 13,7% em 2020, chegando a 9,3% em 2022.
No entanto, entre os jovens, essa taxa foi de 14,8% em 2012 para impressionantes 28,6% durante o primeiro ano de pandemia, caindo para 19,2% em 2022, mas se mantendo acima da mínima – até então – histórica, de 14,7% em 2013 e 2014.
Desse modo, é possível verificar que, quando comparado com uma década atrás, o desemprego na juventude subiu 4,4 pontos percentuais, sendo 1,9 acima do crescimento da população durante o mesmo período.
Consequências do desemprego juvenil
Após demonstrados os dados, mostra-se urgente um enfrentamento do desafio proporcionado pelo desemprego entre os jovens no Brasil, adotando medidas que ampliem as oportunidades para essa faixa etária.
Essa situação atual pode gerar pobreza, exclusão, perda de qualificação, desmotivação e até mesmo problemas de saúde. Além disso, o desemprego também reduz as rendas das famílias e do próprio país, que poderia estar arrecadando mais com os impostos e tributos.
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