Economia
Temores de repique inflacionário e de novo aperto monetário pelo Fed elevam juros futuros
Valorização do petróleo e fragilidade dos títulos do Tesouro dos EUA também alimentaram taxas futuras
A valorização expressiva (6%) do petróleo no mercado internacional – aliada à perda de rentabilidade dos Treasuries (títulos do Tesouro estadunidense), ao temor de novos repiques inflacionários na terra do Tio Sam e de nova ‘puxada’ de juros ianques, por parte do Federal Reserve (Fed), banco central estadunidense, em sua próxima reunião – deu novo impulso aos juros futuros, nesta segunda-feira (3).
Logo no início da sessão, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2024 aumentava de 13,18% para 13,24%; o DI para janeiro de 2025 cresceu de 12,01% para 12,08%, de 12,01%, ao passo que o DI para janeiro de 2027 teve alta de 12,07¨para 12,15%.
Já o DI com vencimento em janeiro de 2029, a taxa passou de 12,51% para 12,59%. Já entre os papéis do Tesouro, o rendimento da T-note de dois anos subiu a 4,106%, acima do patamar de 4,031% no fim da tarde de sexta-feira), enquanto o T-note de dez anos avançava a 3,508%, ante o rendimento anterior, de 3,480%.
A fragilidade do desempenho dos Treasuries tem origem nos dados mais recentes em relação à performance do setor industrial dos EUA, que apresentou recuo de 47,7 para 46,3, conforme aponta o Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), divulgados há pouco. A nova marca industrial ficou aquém do estimado por analistas consultados pelo ‘The Wall Street Journal’, que esperavam um índice de 47,3. O resultado do indicador é o menor, desde maio de 2020.
No front interno, as taxas de contratos futuros de juros operavam com margens estreitas e muito próximas da estabilidade, à medida que investidores aguardavam medidas adicionais por parte do governo no que toca à elevação da arrecadação federal, no sentido de complementar o lançamento recente do arcabouço fiscal.
Na sessão da última sexta-feira (1º), as taxas dos DIs encerraram em alta, devido a um movimento de ajuste, seguido de realização de lucros, precedido, na véspera, por uma queda acentuada, logo após o anúncio da nova regra fiscal.
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