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Economia

Cepal diz que economias da América Latina e do Caribe devem aumentar estímulos na crise

Agência da ONU disse que governos precisam buscar financiamento para combater o aumento da pobreza e do desemprego.

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Uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou um relatório nesta terça-feira em que afirma que países da América Latina e do Caribe devem permanecer fornecendo estímulos para conter os profundos efeitos econômicos da pandemia do coronavírus.

Os governos devem buscar financiamento para assegurar os programas necessários para combater o aumento da pobreza e do desemprego, disse a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

“O esforço nacional deve vir acompanhado de uma maior mobilização de recursos externos, por meio de acesso a… financiamentos sob condições favoráveis, tanto nos mercados internacionais como por parte das instituições financeiras internacionais”, escreveu.

A América Latina tem sido um dos locais mais impactados pela pandemia, que levou a economia da região a um recuo estimado em 9,1% este ano, a pior queda desde o início da série histórica em 1900, segundo informações da Cepal.

A agência afirmou ainda que uma recuperação total dependia de os países da região manterem “políticas fiscais e monetárias expansionistas”, para sustentar a demanda e impedir impactos nas taxas de câmbio e nos fluxos de capital.

Os gastos públicos na região terão alta a 25,4% do Produto Interno Bruto (PIB), ante 21,7% registrado em 2019, acrescentou o relatório.

Mas a fraqueza do mercado de trabalho, queda na poupança e perda acentuada nas remessas, fonte crucial de renda para as famílias da região, deverão continuar sendo motivos de incerteza.

“As consequências que isso deixará em termos de desemprego e pobreza entre os migrantes e suas famílias em seus países de origem levarão anos para se recuperar aos níveis pré-pandêmicos”, previu a Cepal.

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