Nada de príncipe encantado: antigamente, rãs e sapos eram utilizados pelas mulheres como teste de gravidez

Quando uma mulher está em dúvida sobre uma possível gravidez, hoje em dia é possível dar um pulo rápido na farmácia e em poucos instantes já ter confirmada ou não a gestação. No entanto, esse procedimento nem sempre foi tão simples assim.

Antigamente, o procedimento era bem estranho – e praticamente inimaginável nos dias de hoje -, envolvendo sapos ou rãs e a urina da mulher. Isso ocorreu entre os anos de 1930 e 1960, nos Estados Unidos e na Europa.

No entanto, por mais que pareça alguma espécie de simpatia ou crença, existe uma ciência envolvendo esse teste, que inclusive é a mesma por trás dos testes de gravidez modernos, que são comprados nas farmácias e feitos no banheiro de casa.

Como era feito o teste de gravidez que usava rãs ou sapos

Quando as mulheres estavam na dúvida sobre estarem ou não grávidas, elas injetavam a própria urina no saco linfático dorsal do animal, o que, por mais surpreendente que seja, utiliza o mesmo princípio científico dos testes atuais, ou algo próximo disso.

Isso porque aproximadamente após uma semana da fertilização, o corpo da gestante dá início à produção do hormônio hCG – gonadotrofina coriônica humana -, que vem da placenta recém-desenvolvida e serve para influenciar outros hormônios fundamentais na gestação.

Depois do início da produção de hCG, o corpo da mulher apresenta as primeiras mudanças, o que acaba desencadeando a suspeita de gravidez, acontece que esse hormônio pode ser encontrado com facilidade na urina de gestantes.

Antigamente, as mulheres que acreditavam estar grávidas injetavam a urina nas costas de sapos fêmeas ou rãs, o que forçava os anfíbios a ovular rapidamente, entre 8 e 12 horas após a injeção. Então, se o animal tivesse posto ovos, considerava-se positivo o resultado da gravidez.

As rãs e sapos fêmeas não foram os únicos animais utilizados como teste de gravidez em algum momento do passado, sendo que coelhos, ratos e camundongos também já receberam injeções com urina de mulheres gestantes.