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Cias&Cifras | Nubank anuncia testes para acabar com rotativo; C6 cria marketplace
Cias&Cifras | Nubank anuncia testes para acabar com rotativo; C6 cria marketplace
Por: Junior Alves
O Nubank anunciou ontem (5) que estuda acabar com o rotativo do seu cartão de crédito roxinho.
Há 11 meses, um time interno de 20 pessoas, batizado de “Reinventando o Cartão de Crédito”, está realizando testes com seus clientes para avaliar como reduzir os juros do rotativo do cartão.
E após os resultados preliminares, o Nubank espera poder acabar com o rotativo no ano que vem.
30 milhões
Entre os 30 milhões de clientes do banco digital, apenas 3% usam o crédito rotativo no mês. “Hoje boa parte dos nossos clientes do cartão de crédito paga sua fatura em dia. Criamos um modelo de negócios baseado em transações realizadas, e não na cobrança de juros e sempre demos preferência aos clientes que pagam em dia”, afirmou Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank. “Ainda assim, entendemos que é possível melhorar a experiência dos nossos usuários por meio de uma nova dinâmica do cartão de crédito”, completou.
Ao eliminar o rotativo, o Nubank pretende deixar mais claro que há outras opções com juros menores e que se encaixam melhor com as necessidades do cliente no momento, como a contratação de um empréstimo pessoal ou do parcelamento do valor integral da fatura.
Testes
Os testes apontaram que o cliente não percebe que, ao usar o rotativo, ele está contratando um produto que nem sempre é a melhor opção. E como é um processo sem fricção, acaba sendo feito de forma involuntária.
Em vez de entrarem no rotativo, com taxas juros tradicionalmente elevadas, os clientes vão poder pagar as faturas parceladas ou contratar empréstimo pessoal — ambos com taxas muito menores.
Na prática
Na prática, significa que se o cliente não puder pagar o valor total da fatura, terá a opção de pagar o valor mínimo e dividir o restante em até 12 parcelas; ou então adquirir um empréstimo pessoal com maior número de parcelas.
E sempre que desejar o cliente pode antecipar parcelas ganhando desconto proporcional nos juros. Assim, os consumidores terão mais controle financeiro em suas mãos.
O anúncio
O anúncio da medida no mesmo dia em que começam os registros das chaves do Pix não é por acaso, segundo a cofundadora do Nubank.
“O Pix representa o começo do fim das tarifas no setor financeiro. Consideramos uma vitória para a bandeira que sempre defendemos de gratuidade e inclusão financeira. Agora, vamos nos dedicar a forçar outra tendência no mercado: a redução dos juros”, afirmou Cristina Junqueira. “Estamos insatisfeitos com a taxa que cobramos hoje e desde o primeiro dia buscamos criar uma alternativa melhor. Chegou o momento. Nosso novo modelo de cartão, sem a opção de rotativo, mais o contexto de Open Banking, que deve ser implantado no ano que vem, podem estabelecer um novo patamar de juros”.
> C6 lança plataforma de vendas online com produtos de terceiros
O C6 Bank lançou seu marketplace em um movimento que visa ampliar o leque de serviços para atrair e reter clientes em um mercado cada vez mais disputado.
Trata-se de uma plataforma de vendas online com produtos de terceiros dentro do aplicativo.
As transações via cartão de crédito ou débito permitirão alcançar mais consumidores. Desde o lançamento da plataforma, em novembro de 2019, essa operação acontecia exclusivamente via troca de pontos do programa de fidelidade da instituição financeira pelos clientes.
Estratégia
Segundo o Estadão, a estratégia do C6 pretende fazer dinheiro com a “recorrência”, isto é, aproveitar as várias visitas dos usuários ao aplicativo para oferecer mais produtos e serviços.
O cliente de banco entra, em média, 21 dias por mês no app para consultar saldo, fazer pagamentos e transferências.
head de Produtos e Pessoa Física do C6S, Maxnaun Gutierrez disse ao jornal que a ideia é usar essa recorrência na ‘loja’ (o aplicativo) para oferecer mais produtos.
40 mil itens
O marketplace do banco digital tem 40 mil itens cadastrados nos segmentos de vestuário, eletrônicos, pet shop, livros e games, por meio de parcerias como com o Magalu. Nos próximos meses, quer integrar também supermercados e farmácias.
O fenômeno tem sido comum entre os bancos digitais, assim como nos aplicativos de pedido de comida e contas de celular, entre outros.
Banco Inter
O Banco Inter, que no mês passado recebeu aporte de R$ 1,2 bilhão, quer usar metade dos recursos para aquisições e vê o segmento de marketplace como uma das prioridades.
Fintechs como o Guiabolso, que surgiu como um aplicativo de organização de finanças pessoais, também já tem o seu shopping virtual, especializado em produtos financeiros: empréstimo pessoal, cartão de crédito, investimentos e seguros.
Nubank
Conforme o jornal, tem gente grande, contudo, que não pensa em entrar nesse mercado. Maior fintech do Brasil, o Nubank não tem planos de ter um marketplace.
A plataforma entende que ainda não consegue fazer tudo, segundo Cristina Junqueira, cofundadora da instituição.
“Se acharmos alguém que faz bem feito e os clientes gostam, podemos fazer uma parceria e oferecer um produto novo no aplicativo, em vez de desenvolver algo que nos tomaria três ou quatro anos”, afirma.
> Guiabolso oferece opção de pagamentos de boletos em seu app
O Guiabolso, plataforma de soluções financeiras implementou em seu app a funcionalidade de pagamento de boletos e contas de consumo, com o diferencial de as pessoas conseguirem fazer isso em um único lugar.
A companhia tem mais de seis milhões de usuários e, para efetuar a operação, o usuário não precisa passar o dinheiro para uma conta digital no Guiabolso.
Download
Conforme a empresa, basta baixar o app, onde vai registrar uma ou mais contas bancárias, e fazer os cadastros de seus cartões de débitos.
Na sequência, deve scanear ou digitar o código de barras e pronto. “Também estamos trabalhando para que a nova funcionalidade permita o pagamento de um único boleto utilizando mais de uma conta corrente, mesmo que elas sejam de diferentes bancos. Em breve, isso estará disponível”, disse Gregório Kelner, Head de Transações do Guiabolso.
Antecipação ao PIX
No fim de agosto, em antecipação ao Pix, o Guiabolso lançou sua funcionalidade transferências instantâneas 24/7 gratuita.
A fintech foi a primeira empresa do Brasil a disponibilizar transferências entre pessoas físicas de bancos diferentes, com o dinheiro saindo de uma conta e entrando em outra em poucos minutos todos os dias da semana a qualquer hora.
Consolidador financeiro
Thiago Alvarez, fundador e CEO do Guiabolso, explica que a ideia é levar cada vez mais soluções para plataforma, tornando-a um consolidador financeiro.
Em um único lugar, os usuários conseguem fazer gestão de suas finanças, encontram as melhores opções de produtos como cartões, seguros, empréstimos e investimentos e ainda efetuam transações bancárias instantâneas.
A empresa
O Guiabolso, por meio de seu app, se propõe a organiza as diversas contas bancárias do usuário automaticamente em apenas dois minutos, sem a pessoa ter de anotar os seus gastos individualmente.
O app também faz a curadoria dos melhores produtos financeiros de acordo com o perfil detalhado do usuário.
O aplicativo que surgiu em 2014 e já recebeu R$ 215 milhões em cinco rodadas de investimentos conta com mais de 6 milhões de histórias compartilhadas.
> Oi (OIBR3): Justiça homologa aditamento ao RJ
Em decisão divulgada na noite de segunda-feira (5), o juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, homologou o aditamento ao plano de recuperação judicial da Oi aprovado em assembleia geral de credores realizada em 8 de setembro.
Segundo o Valor, no documento Viana rejeitou todas as alegações de nulidades procedimentais da Assembleia Geral de Credores (AGC), além de afastar a alegação de tratamento desigual entre credores.
O magistrado
O magistrado rejeitou também os pedidos de nulidade do quórum de votação e da aprovação do aditamento ao plano. Insatisfeitos com os percentuais de desconto sobre o valor de face dos créditos que têm a receber da Oi (OIBR3), alguns bancos tentavam na Justiça reverter a aprovação do acréscimo.
Viana estabeleceu ainda um prazo de 12 meses para o encerramento do processo de recuperação judicial iniciado em 2016, a contar da data de publicação da decisão desta segunda-feira. O juiz ressaltou, no entanto, que o prazo pode ser prorrogado “caso haja necessidade de se ultimarem os atos relativos às alienações” de ativos.
Ressalvas
O magistrado, no entanto, fez algumas ressalvas em sua decisão. Só podem ser vendidos, sem prévia autorização judicial, os bens do ativo não circulante cujas vendas estejam previstas no aditamento.
Além disso, adquirentes de ativos da Oi só não sucederão nas obrigações tributárias e trabalhistas relativas ao ativo se a venda for por hasta pública (leilão, propostas fechadas ou pregão), e não por venda direta. Credor extraconcursal que quiser aderir não precisa ajuizar um incidente processual de habilitação de crédito, bastando informar diretamente a Oi, determinou Viana na decisão.
“Não é nada que vá afetar o cumprimento do aditivo, notadamente as vendas dos ativos”, disse o advogado Bruno Valladão, sócio do escritório Motta Fernandes.
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