Economia
Setor de shopping centers reage e vendas sobem 3% em fevereiro
Segundo Abrasce, melhor desempenho comercial coube à região Sul (+4,9%), seguida da Sudeste (+3,2%) e Nordeste (+2,6%)
Esboço de reação do setor de varejo de ponta, as vendas nos shopping centers apresentaram alta de 3% em fevereiro último, ante igual mês do ano passado, apontam dados do Monitoramento de Mercado Abrasce – Índice Cielo de Varejo em Shopping Centers (ICVS-Abrasce), divulgado, nesta terça-feira (11), pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce)
No ranking regional, o maior crescimento foi verificado na região Sul, que avançou 4,9%, seguido pela Sudeste (+3,2%), a Nordeste (+2,6%), a Centro-Oeste (+2%), com exceção da Norte (-1,3%). Também em fevereiro, o tíquete médio atingiu R$ 140,93, cifra superior à de dezembro (R$ 136,89) – quando o movimento comercial é mais intenso – e de janeiro, de R$ 119,68, enquanto o valor médio das lojas de rua chegou a R$ 85,66. No que se refere à movimentação de público, a associação observa que o fluxo de pessoas registrou elevação de 12% em fevereiro último, em relação ao mesmo mês de 2022.
Levando em conta esses dados, o presidente da Abrasce, Glauco Humai avalia que o setor apresenta um processo de recuperação consistente e contínua, antes perdas do período pré-pandemia.
“Como já era esperado após dois anos de pandemia, o feriado de carnaval atraiu os brasileiros para a folia. Mesmo assim, os shoppings registraram o melhor tíquete médio dos últimos tempos, o que mostra o comportamento mais assertivo do consumidor em relação às suas compras e, ao mesmo tempo, reforça também o otimismo do lojista quanto à performance do setor ao longo do ano”, comenta Humai.
Duramente afetados pela pandemia e, mais recentemente, pelos ‘persistentes’ juros elevados, os shopping centers agora fazem planos de aberturas de novas unidades, apostando no retorno firme de consumidores, assim como na renovação de contratos com os lojistas.
Como resultante, o setor deverá realizar uma série de inaugurações ao longo desse primeiro semestre (1S23), em que pese as incertezas quanto aos rumos da economia nacional e a continuidade de juros altos – vide Selic persistente em 13,75% ao ano ou uma taxa real de 8% ao ano, campeã mundial.
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