Petroleiras dos EUA retiram trabalhadores de plataformas à espera de furacão

Preocupadas com o avanço do furacão Delta, que se transformou em uma grande tempestade sobre o Caribe e está rumo ao Golfo do México, empresas do setor de petróleo e gás dos Estados Unidos retiraram seus trabalhadores das instalações de produção “offshore” no país.

O Centro Nacional de Furações disse que os ventos do Delta atingiram 235 quilômetros por hora conforme ele se encaminhava à península de Yucatán, no México, para possivelmente entrar no Golfo do México, onde as águas quentes devem rebaixá-lo a tempestade de categoria 4.

Até terça-feira, foram retiradas equipes de 57 unidades produtivas no Golfo do México, paralisando a produção de 540 mil barris por dia de petróleo e 232 milhões de pés cúbicos por dia de gás natural. A região produz cerca de 17% do total de petróleo dos EUA.

O Delta deverá ser a décima tempestade a chegar ao território norte-americano em 2020, renovando o recorde registrado em 1916.

A furação deve atingir a costa do Golfo dos EUA no final de semana e, após perder força em Yucatán, deve se reforçar e virar uma massiva tempestade.

Um aumento significativo no campo de vento do Delta será registrado enquanto ele estiver sobre o Golfo do México, provocando uma forte tempestade e ameaças de forte vento sobre a costa do Golfo dos EUA, disse o Centro Nacional de Furações.

As companhias produtoras de petróleo precisaram paralisar os trabalhos nas plataformas e retirar suas equipes diversas vezes durante a temporada de tempestades deste ano. Desde junho, essa será pelo menos a sexta vez que as petroleiras realizam esse movimento

As partidas e entradas desses profissionais ficam ainda mais difíceis em meio à pandemia de Covid-19, pois eles precisam obrigatoriamente entrar em quarentena em terra e realizar o teste para o vírus antes de voltar ao trabalho.