Commodities
Recuperação econômica da China impulsiona cotação do minério de ferro
Economia chinesa cresce 4,5% no primeiro trimestre do ano e commodity valoriza 2,08% na bolsa de Dalian
Superando expectativas, o minério de ferro atingiu a cotação máxima da semana, nesta terça-feira (18), embalado pelas informações que apontam um crescimento econômico mais expressivo do que o previsto por parte da China, no início deste ano.
Como reflexo desse bom momento, a commodity negociada para setembro, na bolsa de mercadorias e futuros chinesa de Dalian, apresentou alta de 2,08% a 784 iuanes ou US$ 114,04 a tonelada. Na bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para maio próximo subiu 0,75%, indo US$ 117,65 dólares a tonelada, maior patamar desde 12 de abril.
O avanço registrado nesse mercado volátil foi ‘turbinado’ pela informação de que o Produto Interno Bruto (PIB) da China – maior fabricante mundial de aço – cresceu 4,5% no primeiro trimestre do ano (1T23), ante igual período do ano passado (1T22), superando a expectativa de analistas, que contavam com uma expansão de 4%, além de ter crescido 2,9% em comparação com o trimestre anterior (4T22).
No mesmo comparativo, a produção de de aço bruto saltou 6,1% no primeiro terço de 2023, para 261,6 milhões de toneladas, revelou a consultoria Mysteel, com base em dados do Escritório Nacional de Estatísticas da China. Já a produção das siderúrgicas chinesas cresceu 6,9% na comparação anual, indo a 95,7 milhões de toneladas, no mês passado.
Ao mesmo tempo, nos portos do Norte da China, o índice Platts, da S&P Global Commodity Insights mostrou avanço de 0,4% do minério com teor de 62% de ferro, a US$ 120,45 por tonelada. Apesar do dado positivo, o minério acumula baixa de 4,5% em abril, mas ganhos de 2,6% no ano.
Ao mesmo tempo, outros itens siderúrgicos, como o carvão metalúrgico e o coque igualmente tiveram valorização, de 2,97% e 2,55%, respectivamente.
De acordo com analistas da Sinosteel Futures, em nota, “a demanda sólida deu certo suporte aos preços do minério de ferro, mas há riscos de queda decorrentes das margens estreitas do aço. Além disso, a produção diária de metal quente pode cair depois de atingir o pico em março”, acrescentando que “o clima não deverá afetar o ritmo dos embarques, nem sobre a oferta geral do insumo siderúrgico”.
Na verdade, a commodity vem sofrendo pressões de queda, desde o fim do mês passado, sobretudo pela demanda de aço mais ‘fraca’ do que o esperado, no atual período de pico de temporada da atividade de construção civil na China.
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