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Tecnologia

Fome de energia? Cientistas desenvolvem bateria que você pode comer!

O protótipo da invenção sustentável foi publicado em edição recente de uma revista científica. Ele é capaz de carregar pequenos eletrônicos

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Um grupo de cientistas divulgou recentemente na revista Advanced Materials os resultados da criação de um protótipo de bateria totalmente sustentável.

O objeto recarregável e é capaz de fornecer energia para pequenos eletrônicos é feito, inteiramente, de comida. Parece informação inventada, mas não.

A bateria criada pelos pesquisadores é totalmente feita de substâncias comestíveis. Ela pode, por exemplo, se dissolver com segurança no estômago.

Da medicina a brinquedos infantis

Um dos usos possíveis desse equipamento, inclusive, é alimentar sensores e equipamentos médicos invasivos que monitoram determinadas condições de saúde ou de armazenamento de alimentos.

Os cientistas apontam, ainda, em razão do nível de segurança da bateria, que ela pode ser utilizada em brinquedos infantis com peças que oferecem algum risco de ingestão.

Composição

Entre os componentes da bateria, estão: vitamina riboflavina, usada no ânodo do equipamento (extremidade negativa) e suplemento quercetina com cátodo, na extremidade positiva.

Para gerar a carga elétrica, os pesquisadores utilizaram um eletrólito feito de uma solução à base de água. Já o separador, que evita curtos-circuitos, é feito de nori, uma alga geralmente utilizada para fazer sushis.

Evolução

Os resultados do protótipo já foram publicados na revista científica, mas os pesquisadores seguem na empreitada, visando a evolução do equipamento. O foco é ampliar a capacidade de carga e reduzir o tamanho.

O uso, na prática, da bateria feita de comida ainda é algo considerado distante, mas os criadores estão otimistas e apostam nos avanços futuros, a partir da concepção criada por eles.

Essa tem sido uma área com atenção especial da ciência. Outro grupo de pesquisadores do KTH Royal Institute of Technology desenvolveu, recentemente, uma bateria à base de coco, limão e madeira.

O equipamento é capaz de aquecer e resfriar. O processo, basicamente, consiste na transformação do acrilato de limoneno em um polímero de base biológica, durante o aquecimento.

Isso restaura a resistência da madeira e permite a entrada de luz. Com isso, as moléculas de coco ficam presas ao material, gerando o armazenamento e a liberação de energia.

Jornalista formado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), com especialização em Comunicação Digital, e que trabalha há 14 anos como repórter e redator

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