Revisão da Vida Toda: A aposentadoria que você merece pode estar em risco

A Revisão da Vida Toda foi aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, os aposentados devem ficar atentos, não são todos que se beneficiam com a revisão.

João Badari, advogado especialista em direito previdenciário, foi entrevistado pelo G1 e explicou por quais motivos. Antes de mais nada, não são todos os aposentados que tem direito a solicitar a revisão. Entre os beneficiários, a parcela com o recalculo é pequena.

Segundo o advogado, a cada dez clientes que ele atende e que solicitam a revisão, apenas dois realmente se beneficiariam com o pedido.

Revisão da Vida Toda

Essa revisão consideraria no cálculo todas as contribuições feitas ao INSS pelo trabalhador, até mesmo aquelas anteriores ao Plano Real que, hoje, não são consideradas.

Dessa forma, o recalculo irá incluir as contribuições feitas antes de 1994, o que pode aumentar o valor do benefício, mas também pode vir a o diminuir.

Vale a pena solicitar a revisão?

Seguindo a lógica, quando se inicia no mercado de trabalho, seu salário não é tão alto. Conforme se ganha experiência, o salário tende a aumentar.

Dessa forma, aqueles que contribuíram antes de 1994, muitas vezes, tem salários baixos que, ao serem somados ao cálculo, acabam por diminuir o valor do benefício.

Dessa forma, se torna vantajoso solicitar a revisão, caso os seus salários antes de 1994 sejam altos, pois, dessa forma, esses trariam impacto positivo no valor da aposentadoria.

Quem pode solicitar a revisão?

Poderão solicitar a revisão os trabalhadores que contribuíram antes de 1994 e que receberão a primeira parcela da aposentadoria entre 2013 e 2019. Por outro lado, os aposentados que receberam a primeira parcela da aposentadoria a mais de dez anos não poderão solicitar a revisão.

Como solicitar a revisão?

O advogado especialista na área, explica que a única maneira de se solicitar a Revisão da Vida Toda, é entrar com uma ação judicial.

“Não é só pedir no balcão ou pelos canais digitais do INSS. Tem que abrir uma ação judicial“, explica Badari.

O especialista ainda aconselha que os aposentados procurem ajuda de um profissional especialista, para que esse faça o cálculo e os oriente se isso trará vantagens ou não.

Por mais que seja possível entrar com a ação judicial sem um advogado, Badari não aconselha que aposentados e pensionistas o façam sem auxílio, devido à complexidade do processo.