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Focus sobe pela 4ª vez seguida IPCA para 2023, que vai a 6,04%

Mercado financeiro reverte viés de queda e previsão do PIB para este ano passa a 0,96%

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Pela quarta vez seguida, o Boletim Focus – consulta às 100 maiores instituições financeiras do país pelo Banco Central (BC) – aumentou a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023, de 6,01% para 6,04%, embora tenha mantido inalteradas as projeções anteriores para 2024 (4,18%), 2025 e 2026 (4%). Em todos esses casos, porém, há estouro das metas de inflação – fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3,25% para 2023, e 3% para 2024 e 2025.

No que se refere aos preços administrados, a estimativa para o índice oficial de inflação permaneceu na trajetória ascendente das últimas 21 semanas, indo de 10,20% a 10,71%. Há um mês, a expectativa do mercado era de 9,48%. Por este critério, a taxa para 2024 foi mantida em 4,50% e as 2025 e 2026, continuaram em 4,0%, respectivamente.

Depois de recuar de 0,91% para 0,90% na última semana, a projeção do mercado financeiro desta semana aponta crescimento, de 0,90% para 0,96% do PIB nacional para este ano, o mesmo ocorrendo em relação a 2024, com ligeira alta de 1,4% para 1,41%. Em contrapartida, a economia em 2025 deve recuar de 1,72% para 1,70%, mas mantida em 1,80% para 2026. Em 2022, o PIB brasileiro cresceu 2,9.

No caso da taxa básica de juros (Selic), o Focus manteve todos as previsões anteriores, de 12,50% ao ano para 2023; 10% ao ano para 2024; 9% ao ano para 2025 e 8,75% ao ano para 2026.

Pela segunda semana consecutiva, a estimativa cambial para o final de 2023 teve queda, com a cotação do dólar ante o real, passando de R$ 5,24 para R$ 5,20. Também caiu de R$ 5,26 para R$ 5,25 a projeção para 2024; enquanto continuou em R$ 5,30 a de 2025. Já para 2026, a ‘aposta’ declinou de R$ 5,35 para 5,32.

A despeito do envio do projeto de arcabouço fiscal pelo Executivo ao Congresso Nacional, a previsão sobre o resultado primário para este ano manteve o déficit anterior de 1,0% do PIB, e de 0,80% do PIB para o próximo ano. Ao mesmo tempo, houve queda do déficit para 2025 (de -0,50% para -0,37% do PIB) e 2026 (de -0,30% para -0,20% do PIB).

Já o superávit da balança comercial deste ano foi elevado pelo Focus, de US$ 55,48 bilhões para US$ 57,70 bilhões, mas permaneceu em US$ 52,3 bilhões para o ano que vem.

No que toca ao balanço de pagamento do país, a projeção do mercado para este ano é de recuo, de -US$ 49,90 bilhões para -US$ 48,55 bilhões, do déficit em conta corrente; mas de avanço deste em 2024, de -US$ 52 bilhões para -US$ 52,50 bilhões.

Por fim, a estimativa para o investimento direto no país (IDP), se manteve em US$ 80 bilhões para 2023 e 2024.

Confira as projeções do Relatório Focus desta segunda-feira (24)

IPCA

2023: de 6,01% para 6,04%.

2024: permanece em 4,18%.

2025: permanece em 4%.

2026: permanece em 4%.

PIB

2023: de 0,90% para 0,96%

2024: de 1,40% para 1,41%.

2025: de 1,72% para 1,70%.

2026: permanece em 1,80%.

Selic

2023: permanece em 12,50%

2024: permanece em 10%.

2025: permanece em 9%.

2026: permanece em 8,75%.

Dólar

2023: de R$ 5,24 para R$ 5,20.

2024: de 5,26 para R$ 5,25.

2025: permanece em R$ 5,30.

2026: de R$ 5,35 para R$ 5,32.

Balança comercial (Superávit)

2023: de US$ 55,48 bilhões para US$ 57,70 bilhões.

2024: permanece em US$ 52,30 bilhões.

2025: de US$ 54,40 bilhões para US$ 54,70 bilhões.

2026: de US$ 51,90 bilhões para US$ 52,69 bilhões.

Balanço de pagamentos (Déficit em conta corrente)

2023: de -US$ 49,90 bilhões para -US$ 48,55 bilhões.

2024: de -US$ 52 bilhões para -US$ 52,50 bilhões.

2025: de -US$ 49,55 bilhões para -US$ 50,40 bilhões.

2026: de -US$ 46 bilhões para -US$ 46,80 bilhões.

Investimento Direto no País (IDP):

2023: US$ 80 bilhões.

2024: US$ 80 bilhões.

2025: de US$ 80 bilhões para US$ 81,50 bilhões.

2026: de US$ 82,50 bilhões para US$ 85 bilhões.

Fonte: BC

Sou um profissional de comunicação com especialização em Economia, Política, Meio Ambiente, Ciência & Tecnologia, Educação, Esportes e Polícia, nas quais exerci as funções de editor, repórter, consultor de comunicação e assessor de imprensa, mediante o uso de uma linguagem informativa e fluente que estimule o debate, a reflexão e a consciência social.

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