Novo arcabouço do Fed é “menos” compromisso de inflação mais alta do que “tolerância” a ela, diz George

A presidente do Federal Reserve de Kansas City, Esther George, disse nesta quinta-feira que a nova estrutura do Federal Reserve para administrar a política monetária dos Estados Unidos expõe uma “tolerância” a uma inflação mais alta, mas não é necessariamente um compromisso de concretizá-la.

No mês passado, o Fed disse que não subiria os juros até que a inflação tivesse atingido sua meta de 2% e estivesse no caminho de “exceder moderadamente os 2% por algum tempo”, como parte da execução de uma nova estratégia de permitir a alta da inflação na esperança de estimular a criação de empregos.

“Eu interpreto a declaração de consenso revisada como uma tolerância e menos como uma promessa de engenharia”, afirmou George.

Nos últimos dias, autoridades do Fed têm apresentado visões divergentes sobre como a nova estrutura será aplicada na prática, o que ficou claro com a divulgação da ata da reunião de setembro do Fed na quarta-feira. O documento mostrou grande divergência de pontos de vista nesse sentido.

George se mostrou ao lado dos que veem o novo quadro como menos vinculativo ao invés de mais, reformando sua posição compartilhada por membros menos tolerantes à inflação e aos riscos financeiros que a política monetária mais relaxada pode atrair.